Casal inova com plantio de morango suspenso e alcança pico de 100 quilos por dia

Investimento, criatividade e consciência ambiental formam o tripé do sucesso de uma lavoura de morango de um casal de produtores rurais de Umuarama. Mariana, 33 anos, e Alex Passador, 39, comemoram os resultados expressivos.

O casal apostou no plantio de morango suspenso, em estufa. Na chácara de 2,4 hectares, a produção chegou a impressionante marca de, no período de pico, 100 quilos de morango por dia [a média da propriedade é de 35 quilos/dia].

Isso vem do resultado de uma combinação de tecnologia, adaptação e dedicação, que inclui a opção pelo tipo de ‘fruto’ pretendido. No espaço da estufa [800m2] eles plantaram 8,5 mil mudas, todas importadas – das cultivares Albion, Monterey e San Andreas.

Sistema de cultivo diferenciado

Mas o grande diferencial está no sistema de cultivo. Ao invés de utilizarem as tradicionais bolsas plásticas slab, Mariana e Alex adaptaram sacos plásticos de silagem para a formação dos ‘canteiros’ de mudas do morango.

A mudança, além de reduzir custos, trouxe praticidade e eficiência para o manejo. “Economizamos bastante e conseguimos manter uma produção muito organizada”, comemora Alex. “Essa adaptação deu muito trabalho: costuramos os canteiros, um a um, tudo à mão, mas valeu o esforço”, complementa a esposa.

Eles ressaltam que o plantio suspenso, realizado em estufa, garante benefícios que vão além da economia: melhora a sanidade da planta, favorece o desenvolvimento dos frutos e facilita a colheita. “Não precisamos nos abaixar e assim evitamos dores nas costas”, observa Mariana.

Segundo Alex, a redução no uso de defensivos foi de 90%: “Nossa prioridade sempre foi oferecer um alimento saudável; com esse sistema, conseguimos aplicar muito menos veneno e entregar um produto bem melhor”.

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Redes sociais facilitam a comercialização do morango

Outra vantagem citada por Mariana e Alex é o aproveitamento quase total da produção. Graças ao trabalho consciente e ao cuidado no manejo, as perdas foram drasticamente reduzidas.

A comercialização também é motivo de orgulho: as vendas acontecem de forma direta ao consumidor, apoiadas pela divulgação em redes sociais. A clientela formada consome praticamente toda a safra.

“O pouco que sobra eu transformo em polpa e geleia artesanal, produtos que também conquistaram compradores fiéis”, conta Mariana, acrescentando que também são produtores de tomate e pimentão [amarelo e vermelho] em estufa.

Por que escolher o sistema suspenso? Entenda

O sistema suspenso de cultivo de morango vem conquistando espaço entre os produtores por reunir uma série de vantagens que vão desde a sanidade da planta até a valorização do produto final.

Como os canteiros ficam afastados do solo, o risco de pragas e doenças é menor, o que se traduz em plantas mais saudáveis e menor necessidade de defensivos agrícolas — no caso de Mariana e Alex, a aplicação teve redução de até 90%.

Além disso, os frutos permanecem limpos, livres de contato com a terra, o que garante aparência mais bonita e atrativa para o consumidor.

Outra vantagem está no conforto de quem trabalha na lavoura: como o plantio é elevado, a colheita é feita de maneira mais ergonômica, sem a necessidade de se abaixar constantemente, o que evita dores e lesões.

O manejo diário também se torna mais prático, reduzindo perdas e otimizando a produtividade. Para completar, a adaptação feita pelo casal, utilizando sacos de silagem no lugar das tradicionais bolsas slab, representou economia significativa na implantação do sistema, tornando o investimento ainda mais viável.

Acompanhe a rotina de Mariana e Alex no Instagram (clique aqui).

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