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Jaqueline Mocelin Publisher do OBemdito

Umuarama: CPI da Covid ouve os médicos Salem Abou Rahal e Ronaldo de Souza

Ambos estiveram acompanhados de advogados

Dr. Salem Abou Rahal | Foto: Danilo Martins/OBemdito
Dr. Salem Abou Rahal | Foto: Danilo Martins/OBemdito
Umuarama: CPI da Covid ouve os médicos Salem Abou Rahal e Ronaldo de Souza
Jaqueline Mocelin - OBemdito
Publicado em 26 de outubro de 2021 às 16h22 - Modificado em 26 de outubro de 2021 às 19h21
Gastro Umuarama

Na manhã desta terça-feira (26) foi realizada mais uma reunião da CPI da Covid na Câmara de Vereadores de Umuarama. Dois médicos participaram das oitivas: Salem Abou Rahal e Ronaldo de Souza.

Os primeiros questionamentos foram feitos ao Dr. Salem, que apresentou um habeas corpus, que permitiu que ele respondesse na condição de informante e não de testemunha. O advogado Diego Marzotti Venâncio acompanhou seu cliente. Ele disse que é um médico aposentado e não atuou na área da Covid.

Dr. Salem informou que seu trabalho dentro do Hospital Norospar é coordenar a formação de médicos especialistas – e não tem coordenação administrativa – por isso não sabe informar sobre o possível recebimento de recursos.

Sobre a Norospar participar de licitação em 2020 para atender o Pronto Atendimento Municipal (P.A.), Salem explicou que o local é considerado por ele um campo de estágio para residentes. Que a Norospar tem um projeto de ser um hospital/escola, com 8 programas de estágio.

O médico informou que a parte administrativa da Norospar é feita por Pedrinho Ruiz, José Alcindo Gil, Jorge Antônio Cardoso e André Buratti; e que ele não tem conhecimentos neste setor.

Salem falou também que apenas um imóvel locado para o município e nunca foi funcionário municipal. Informou que não foi indiciado pelo Ministério Público e que espera que os vereadores tenham sucesso na CPI, esclarecendo ao povo o que aconteceu.

O médico afirmou que não há erro na operação do Ministério Público, tanto que todos foram flagrados em telefone, fotos, entre outros aspectos. No entanto, Salem disse que seu advogado detectou uma falha ao terem citado uma empresa ao qual é sócio, a Agropecuária, que atua no ramo de locações de imóveis, investimentos, além de cria, recria e comercialização de bovinos.

Questionado sobre a senhora Lucia Sampaio, investigada na Operação Metástase, Salem informou que ela trabalha há muitos anos no RH da Norospar e que ela, junto com Daniela (Azevedo) e Renata (Compagnole) eram pessoas de sua confiança. O médico disse que está se sentindo enganado.

RONALDO DE SOUZA

O pneumologista e intensivista Ronaldo de Souza foi o segundo ouvido na condição de testemunha. Ronaldo é sócio de algumas empresas, inclusive do Samuti (Serviço de Ações em Medicina de Urgência e Terapia Intensiva Ltda.), que coordenou as UTIs Covid do Hospital Cemil e da Santa Casa de Goioerê.

O médico iniciou falando a respeito das vezes em que sugeriu o lockdown. Informou que sua função como médico também é orientar e fez isso em virtude do cenário caótico ocorrendo nos hospitais Cemil e Uopeccan, além da ‘tenda’ da Covid e no Pronto Atendimento.  

Ele falou sobre a licitação para prestar serviços no Pronto Atendimento. E disse que sugeriu o nome de Cecília Cividini para ser Secretária de Saúde após Maria Harue Takaki dizer que não poderia assumir o cargo.

Ronaldo destacou que na pandemia o SUS mostrou sua eficácia. “Mas eu vejo que era muita gente doente em pouco tempo”, disse. Também acrescentou que as cidades vizinhas precisavam se preparar e ter estruturas para atendimento de urgência e emergência, não apenas Umuarama. “No meio da guerra tivemos que nos equipar”.

O médico informou que não faltaram recursos, mas sim que faltaram equipamentos para comprar e medicamentos, pois em determinado momento não havia mais fornecedores.

No entanto, ele salientou que isso nunca interferiu na qualidade do atendimento prestado e lembrou que eram fornecidos inclusive alguns que não eram cobertos pelo SUS.

O vereador Sorrisal questionou sobre a aquisição de respiradores, dizendo que os hospitais informaram não conseguiram adquirir os equipamentos, pois estavam em falta. Ele citou, no entanto, que empresários da cidade fizeram uma vaquinha e compraram os respiradores. Ronaldo afirmou que estes empresários compraram o aparelho em um momento em que existia para venda e que não era o modelo usado normalmente pelo hospital.

PRÓXIMAS OITIVAS

Para a próxima quinta-feira (28) devem ser ouvidos na CPI Bruna Pinheiro, ex-chefe do Pronto Atendimento; Camila Bertolin de Oliveira (Chefe da Farmácia do Município e Farmacêutica) e Cristiano Nelli, administrador do Hospital Nossa Senhora Aparecida.

Para a próxima semana, na quarta-feira (3), a expectativa é de que sejam convocados Carlos Simões Garrido (chefe do departamento de licitações da Prefeitura) Amanda Gisele, do Departamento Jurídico da Prefeitura e Eliseu Ampessan da Atenção Básica.

Confira a reunião da CPI no vídeo abaixo:

https://www.facebook.com/CamaraUmuarama/videos/164699095872290

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