Brasil

Bolsonaro reforça ataques às urnas eletrônicas e nega envolvimento em minuta golpista

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10), no âmbito da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado. A oitiva ocorre após interrogatórios de militares e ex-ministros aliados, como Almir Garnier, Anderson Torres e Augusto Heleno.

Durante o depoimento, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro voltou a atacar as urnas eletrônicas. Disse que, ainda como deputado, defendeu o voto impresso. E citou o atual ministro Flávio Dino, afirmando que ele também já questionou a lisura do sistema em 2010.

Em tom descontraído, Bolsonaro chegou a convidar Moraes para ser seu vice nas eleições de 2026. A declaração gerou risos no plenário. O ministro respondeu de forma breve: “Declino”.

Questionado sobre a reunião de julho de 2022, quando criticou ministros do STF e do TSE, Bolsonaro pediu desculpas. Disse que o conteúdo foi apenas “retórica” e classificou o momento como um “desabafo”.

O ex-presidente negou qualquer envolvimento na edição da chamada minuta golpista. “Não procede o enxugamento [da minuta]”, afirmou. A versão foi contestada na véspera pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que o implicou diretamente no conteúdo do documento.

Bolsonaro também reclamou das restrições impostas pelo TSE durante a campanha de 2022. Disse que foi impedido de usar imagens negativas de Lula e positivas de seu governo. Apesar do foco jurídico, Bolsonaro também usou o espaço para exaltar obras e sua trajetória política. Reiterou que agiu sempre “dentro das quatro linhas da Constituição”.

O interrogatório, parte final da instrução do processo, antecede o julgamento. A expectativa é de que as decisões ocorram no segundo semestre. Se condenado, Bolsonaro pode pegar mais de 30 anos de prisão.

A ação apura crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Bolsonaro é apontado como figura central no núcleo principal do esquema, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR).

(OBemdito com informações Metrópoles)

Rodrigo Mello

Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário de Pato Branco (Unidep), tem especialização em Docência e Gestão do Ensino Superior pela Universidade Paranaense (Unipar). Com 23 anos de experiência, trabalhou em portais de notícia, assessoria de imprensa, TV e rádio. Foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e secretário municipal de Comunicação entre os anos de 2010 e 2013. Atualmente, é jornalista no portal OBemdito, onde escreve sobre política, educação, saúde, cidadania e segurança pública.

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