Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou, nesta terça-feira (3), a aposentadoria compulsória do juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A medida ocorre após o CNJ instaurar diversos procedimentos disciplinares contra o magistrado para questionar sua conduta à frente dos casos derivados da operação.
Bretas já estava afastado das funções desde fevereiro de 2023, quando começou a tramitar o processo que resultou na condenação. As acusações envolvem a participação do juiz na negociação de acordos de delação premiada — atribuição exclusiva do Ministério Público, assim como outros pontos.
Além da suposta interferência nos acordos de colaboração, da mesma forma, acusaram Marcelo Bretas de repassar informações sigilosas dos processos a um advogado. Outra denúncia apontava que ele teria atuado para favorecer politicamente o então candidato ao governo do estado e ex-governador Wilson Witzel durante as eleições de 2018.
Em um dos processos analisados pelo CNJ, o conselho responsabilizou Bretas por prejudicar Eduardo Paes (PSD-RJ), então prefeito do Rio, na mesma eleição. De acordo com a acusação, o juiz antecipou para o período da campanha o depoimento de um ex-secretário municipal. Esse ex-secretário acusava Paes de envolvimento em um suposto esquema de propina.
Durante o interrogatório, Bretas teria feito perguntas com conteúdo que demonstrava pré-julgamento, o que foi considerado uma violação à imparcialidade exigida da magistratura.
Durante o julgamento, o presidente do CNJ e também presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, comentou a decisão. Para ele, a punição aplicada a Bretas não representa um desestímulo aos juízes que combatem a corrupção, mas sim uma medida necessária para preservar a integridade do Judiciário.
“Todo o contexto faz parecer que havia um esquema extrajudicial armado em torno de produzir um determinado resultado de prejudicar pessoas e políticos”, afirmou Barroso.
Durante a sessão, a advogada Ana Luiza Vogado de Oliveira, responsável pela defesa de Marcelo Bretas, fez um apelo pela absolvição do juiz e criticou a decisão do CNJ. De acordo com ela, a aplicação da pena de aposentadoria compulsória foi desproporcional diante das provas apresentadas ao longo do processo.
“Como advogada neste processo, tendo visto toda a instrução probatória desde o início até aqui, choca um pouco a aplicação de uma pena tão grave como a aposentadoria compulsória. Apenar o magistrado com essa pena é julgar contra a prova dos autos”, declarou Ana Luiza.
Todavia, apesar dos argumentos da defesa, o CNJ entendeu que a conduta de Bretas violou os princípios da magistratura, especialmente no que diz respeito à imparcialidade e à separação entre os papéis do juiz e do Ministério Público.
Com a decisão, o magistrado se aposenta de forma compulsória, com direito aos proventos proporcionais, encerrando sua carreira na Justiça Federal.
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(OBemdito com informações Agência Brasil)
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