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Diretora de hospital é ouvida pela CPI da Covid na Câmara de Umuarama

A administradora do Hospital Cemil, Renilde Ana Puschel de Alvarenga, foi ouvida na manhã desta terça-feira (28) em mais uma reunião da […]

Foto: Assessoria da Câmara
Foto: Assessoria da Câmara
Diretora de hospital é ouvida pela CPI da Covid na Câmara de Umuarama
Redação - OBemdito
Publicado em 28 de setembro de 2021 às 20h59 - Modificado em 29 de setembro de 2021 às 08h44
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A administradora do Hospital Cemil, Renilde Ana Puschel de Alvarenga, foi ouvida na manhã desta terça-feira (28) em mais uma reunião da CPI da Covid na Câmara de Vereadores de Umuarama. Além de Renilde, era esperado o administrador do Instituto Nossa Senhora Aparecida, Cristiano Derenusson Nelli, porém, não foi possível localizá-lo para que fosse formalizada sua convocação.

Como de costume, a reunião se iniciou com a presidente da comissão, vereadora Ana Novais, que apresentou os trabalhos, assim como os propósitos da oitiva junto à testemunha. Dentre as perguntas, Renilde foi questionada se possuía alguma empresa em seu nome, o que ela afirmou não ter.

Renilde falou sobre os leitos de UTI e de enfermarias que foram contratados pelo Cemil no combate à pandemia, sendo, ao todo, 10 leitos de UTI e outros 10 de enfermaria. O hospital foi credenciado para o atendimento de pacientes acometidos pelo Covid 19 e recebeu aproximadamente R$ 12 milhões em recursos públicos, mediante ao Fundo Municipal de Saúde, responsável por gerir os recursos públicos destinados ao Município de Umuarama.

Tais valores foram destinados para o pagamento de leitores e enfermarias, bem como serviços médicos, assim como a compra de medicamentos e insumos utilizados para a prestação e serviços de enfrentamento à pandemia e atendimento de pacientes infectados.

Repasses

Um dos pontos mais relevantes da oitiva foi a confirmação, por parte de Renilde, de que o hospital efetuava pagamentos de R$ 2 mil para a empresa de Cícero Laurentino, ex-diretor do gabinete de gestão integrada da Prefeitura de Umuarama, que se encontra detido pela operação Metástase por indícios de seu envolvimento nos supostos desvios de recursos públicos do Fundo Municipal da Saúde.

Renilde disse que o dinheiro era repassado para o cadastramento de emendas parlamentares junto ao Ministério da Saúde. Os R$ 2 mil eram pagos por cadastro, indiferente do valor. As emendas parlamentares são oriundas de recursos destinados por deputados federais e estaduais para municípios. Ao todo, o Hospital foi contemplado entre 2020 e 2021 com aproximadamente R$ 4 milhões, destinados por diversos deputados.

Outra confirmação feita pela diretora foi de que ela teria falado algumas vezes com Cícero sobre assuntos relativos ao repasse de recursos. Também confirmou ter mantido contato com Valdecir Miester, que está detido apontado como líder do esquema criminoso no desvio dos recursos da saúde municipal.

Mais um ponto relatado por Renilde, em se tratando de Valdecir Miester, é de que ele ofereceu ao hospital máscaras de proteção contra o Covid 19, que teriam sido compradas com desconto. Toda a operação se deu mediante o fornecimento de notas fiscais da empresa de Miester, conforme Renilde.

Próximos dias

Ao final da reunião desta terça-feira, os vereadores integrantes da comissão – Ana Novais (presidente), Ednei do Esporte (vice-presidente); Mateus Barreto (relator) e Cris das Frutas e Sorrisal (membros) – aprovaram requerimento de convocação da esposa de Valdecir Miester, Vani Miester, proprietária da empresa Vani Soares dos Santos Miester, que também é investigada pela operação Metástase como suspeita de fraude contratos firmados com a administração pública.

A oitiva com Vani está agendada para as 10h do dia 5 de outubro. Antes dela, às 9h, seu esposo, Valdecir Miester, será ouvido por videoconferência direto do Centro de Internamento e Readequação de Brasília, onde se encontra detido.

No dia 14 de outubro, acontecerá reunião em caráter extraordinário para que sejam ouvidos Paulo Cesar Leite e Liniane Arrabal Pita, que é proprietária da empresa Arrabal Serviços Médicos Eireli, contratada pelo município de Umuarama após a deflagração da operação Metástase para a prestação de serviços de contratação de profissionais de saúde para atuarem para o município no atendimento de cidadãos acometidos pela Covid-19.

(Assessoria de Imprensa/CMU)

https://www.facebook.com/CamaraUmuarama/videos/344150054130944

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