Fotos: Vatican News
O novo papa Robert Francis Prevost surpreendeu ao escolher, logo no início de seu pontificado, o nome Leão 14 — uma referência carregada de simbologia para a Igreja Católica. A decisão, revelada no balcão central da Basílica de São Pedro, na tarde desta quinta-feira (horário de Brasília, início da noite em Roma) ecoa uma tradição milenar e, além disso, desperta expectativas sobre o rumo que a Igreja seguirá sob sua liderança.
Historicamente, o nome Leão remete a uma linhagem de 13 papas, entre os quais se destaca Leão I, também conhecido como Leão Magno (440-461 d.C.). Nascido na região da Toscana, Itália, Leão Magno deixou marca indelével. Ele comandou a Igreja durante a derrocada do Império Romano e o agravamento das disputas doutrinárias internas.
“Leão Magno é uma referência de coragem e diálogo. Foi ele quem, segundo a tradição, enfrentou Átila, o Huno, às portas de Roma. Conseguindo assim poupar a cidade de um saque devastador”, afirma o historiador italiano Roberto Mancini.
O papa também consolidou a doutrina cristológica ao redigir o “Tomo a Flaviano”, documento central no Concílio de Calcedônia (451), que definiu a dupla natureza de Cristo.
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A inspiração em Leão I, dizem especialistas, aponta para um papado disposto a enfrentar ameaças externas com determinação e a buscar a unidade da fé católica em tempos de turbulência.
“Ao escolher esse nome, o novo pontífice envia uma mensagem clara de que pretende liderar com firmeza diante dos desafios e crises contemporâneos, defendendo a tradição, mas também aberto ao diálogo”, analisa Mancini.
Além de Leão I, o novo papa pode estar evocando Leão XIII (1878-1903), famoso por sua encíclica “Rerum Novarum”, precursora da Doutrina Social da Igreja, e pelo protagonismo em temas sociais, como direitos trabalhistas e dignidade humana.
“O nome Leão, portanto, carrega o peso de quem olha para o passado da Igreja pensando no futuro, tanto no campo doutrinário quanto social”, destaca o teólogo brasileiro André Rodrigues.
A tradição de escolha do nome é, segundo o Vaticano, uma espécie de “carta de intenções” de cada pontífice. Ao adotar Leão 14, o novo papa acena para um pontificado de liderança, coragem e renovação, características atribuídas aos seus antecessores homônimos.
A expectativa, agora, volta-se para os próximos passos do pontífice, em um contexto de crescente polarização e questionamentos dentro e fora da Igreja Católica.
“A história mostra que nomes dizem muito sobre intenções. Resta saber como isso se concretizará nos próximos anos”, conclui Rodrigues.
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