Foto: Arquivo Pessoal
Com apenas quatro anos, Thomas Cargnelutti Galina, morador de Toledo, tem despertado interesse não apenas de seus pais, mas também da comunidade acadêmica e de especialistas em altas habilidades.
Desde cedo, sua inteligência incomum chamou a atenção: antes de completar um ano de idade, ele escreveu a primeira palavra utilizando letras de EVA, um marco precoce e expressivo em seu desenvolvimento cognitivo. Esse episódio foi o ponto de partida para a compreensão de que se tratava de uma criança fora dos padrões comuns.
Seus pais, Jocelaine Cargnelutti e Vanderlei Galina, ambos professores de matemática na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), identificaram rapidamente o potencial extraordinário do filho. Segundo eles, desde os primeiros meses de vida, Thomas demonstrava uma capacidade de observação, associação e aprendizado muito acima do esperado para sua idade.
Após a realização de testes específicos, a hipótese da superdotação foi confirmada: Thomas possui um quociente de inteligência (QI) de 150. Esse número é considerado raro para sua faixa etária e suficiente para garantir sua aceitação na Mensa, a maior associação mundial de pessoas com altas habilidades cognitivas. A Mensa reúne indivíduos com QI elevado e promove encontros, debates e ações educativas voltadas ao estímulo intelectual e ao desenvolvimento pleno dessas capacidades.
Além disso, esse reconhecimento por parte da Mensa contribuiu para reforçar a importância de oferecer a Thomas um ambiente de aprendizado compatível com sua maneira de pensar e de se desenvolver. Os pais, atentos e sensíveis à condição do filho, seguem investindo em estímulos que respeitam tanto suas necessidades intelectuais quanto emocionais.
Embora tenha aptidão em diversas áreas do conhecimento, Thomas demonstra especial interesse por matemática, robótica e raciocínio lógico. Ele é fascinado por números, padrões e mecanismos, e passa boa parte do tempo se dedicando espontaneamente a atividades relacionadas a esses temas. Apesar de suas habilidades cognitivas acima da média, o garoto mantém um perfil social ativo. Gosta de fazer amizades, brincar e participar de jogos, características típicas de uma infância saudável.
Mesmo sendo considerado um gênio, Thomas vive plenamente sua infância. O convívio com outras crianças, o afeto familiar e a liberdade para explorar diferentes interesses fazem parte do cotidiano da família. Para Jocelaine, esse equilíbrio é essencial: “Nós não criamos nenhuma expectativa sobre o Thomas, apenas torcemos para que ele use esse dom Divino para o bem”, afirma.
No entanto, a trajetória de crianças superdotadas como Thomas nem sempre é fácil. Conhecidas como neurodivergentes, essas crianças possuem conexões cerebrais mais rápidas do que as típicas, o que pode gerar frustrações e incompreensões, principalmente em ambientes escolares que não estão preparados para identificar e acolher essas diferenças.
Frequentemente, comportamentos como desatenção, agitação ou desinteresse são interpretados erroneamente por educadores e até mesmo por familiares. Por isso, especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce e do suporte educacional adequado. Muitas crianças com altas habilidades passam despercebidas durante a vida escolar e, sem o devido acompanhamento, podem sofrer com isolamento, ansiedade ou desmotivação.
Esse quadro pode ser revertido com ações simples, como a adaptação do currículo, o incentivo à autonomia e a promoção de desafios compatíveis com o nível cognitivo da criança. Dessa forma, a história de Thomas serve como um alerta e, ao mesmo tempo, como inspiração.
Ela mostra que o reconhecimento das altas habilidades vai além do orgulho familiar; trata-se de uma questão educacional e social. Ao perceber sinais de superdotação, é necessário que pais, professores e instituições estejam preparados para agir com sensibilidade e responsabilidade.
É comum que comportamentos tidos como problemáticos sejam, na verdade, manifestações de uma mente que já compreendeu o conteúdo oferecido e busca novos estímulos. Assim, a compreensão e o acolhimento dessas crianças são fundamentais para garantir que desenvolvam plenamente seus talentos e contribuam de forma positiva com a sociedade.
(OBemdito com informações CGN)
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