O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil (FOTO: REDES SOCIAIS)
O padre católico José Eduardo de Oliveira e Silva está os 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições presenciais de 2022. O ex-presidente Jair Bolsonaro também está na lista.
O sacerdote nasceu em Piracicaba (SP) e ainda criança se mudou para Carapicuíba (SP), onde descobriu a vocação sacerdotal. Ele foi ordenado padre da Diocese de Osasco (SP) em 2006 e atualmente é pároco na cidade.
O padre dá palestras de temas como gênero, aborto, defesa da família e educação. Em 2017, ganhou atenção nas redes sociais ao postar frases polêmicas em relação à ideologia de gênero e chegou a sugerir que a indústria farmacêutica deveria criar “um calmante em forma de supositório”.
José Eduardo também escreveu que tinha saudades “dos tempos em que o banheiro servia só para necessidades fisiológicas e não para exibicionismos de autoafirmação sexual”.
Nas redes sociais, o religioso acumula 424 mil seguidores e produz conteúdos relacionados ao ensino da teologia. Ele é doutor em Teologia Moral pela Universidade da Santa Cruz, em Roma. No Youtube, plataforma onde publica suas aulas, concentra 136 mil seguidores. Como professor, o padre oferece cursos religiosos com valores que ultrapassam R$ 800 por ano.
Em fevereiro deste ano, o padre foi alvo da PF em busca e apreensão. É suspeito de integrar o núcleo jurídico que formatou decretos e minuta que serviriam para um golpe de estado no Brasil após as eleições presidenciais de 2022.
De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o padre é citado como integrante do núcleo jurídico do esquema golpista. O papel do grupo seria o “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.
Os agentes da PF apreenderam equipamentos e documentos do clérigo. A investigação indicou que o padre participou de reunião com Filipi Martins e Amauri Feres Saad no dia 19 de novembro de 2022 em Brasília (DF). Ambos também foram indiciados nesta quinta-feira (21). Os controles de entrada e saída do Palácio do Planalto registraram a entrada e a saída do religioso da sede do governo federal naquela data.
A defesa do padre se manifestou através de nota.
“Menos de 7 dias depois de dar depoimento à Polícia Federal o meu cliente vê seu nome estampado pela Polícia Federal como um dos indiciados pelos investigadores. Os mesmos investigadores que não se furtaram em romper a lei e tratado internacional ao vasculhar conversas e direções espirituais realizadas pelo padre os possuem garantia de sigilo.
Quem deu autorização à Polícia Federal de romper o sigilo das investigações? Até onde eu sei o Ministro Alexandre de Moraes decretou sigilo absoluto. Não há qualquer decisão do magistrado até o momento rompendo tal determinação.
A nota da Polícia Federal com a lista de indiciados é mais um abuso realizado pelos responsáveis da investigação e, tendo publicado no site oficial do órgão policial, contamina toda instituição e a torna responsável pela quebra da determinação do Ministro de sigilo absoluto.”
Veja quem são os indiciados:
Os 37 foram indiciados pelos crimes de:
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