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Paula Damacena Publisher do OBemdito

Produção de morangos é fonte de renda para pequeno agricultor em Lovat

A expectativa é colher seis toneladas da fruta até outubro

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Foto: Danilo Martins/OBemdito
Produção de morangos é fonte de renda para pequeno agricultor em Lovat
Paula Damacena - OBemdito
Publicado em 5 de setembro de 2021 às 13h41 - Modificado em 6 de setembro de 2021 às 08h52
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A safra do morango está no auge e é fonte de renda para muitos produtores rurais de Umuarama. A área com maior produção fica na região do distrito de Lovat, local onde Claudinei Fulgêncio cultiva morangos há 22 anos.

Neste ano foram plantados 10 mil pés de morangos em uma área de dois mil metros em uma propriedade rural às margens da PR-323, em Lovat.  “No ano passado foram cultivados aproximadamente 40 mil pés, mas neste ano eu preferi reduzir por conta da pandemia. Ainda estamos sentidos os reflexos e isso fez com que a nossa produção caísse”, destacou o produtor Claudinei.

O morango é uma fruta de cultivo e produção com grande investimento. “O cultivo é muito caro e este ano eu senti que a procura tem sido bem menor que nos anos anteriores. Eu acredito que estamos sentindo os efeitos da pandemia. Todos os implementos que usamos para poder cultivar os pés da fruta subiram, posso dizer que todos os preços dobraram”, lembrou,

Até o fim da safra Claudinei pretende colher aproximadamente seis toneladas da fruta. Toda a colheita é vendida em supermercados de Umuarama, Cruzeiro do Oeste e também em cidades do Mato Grosso do Sul. “Nós colhemos por dia 200 caixas de morangos. Tenho três funcionárias, mas eu e minha esposa também lidamos com a produção, desde o cultivo, colheita, embalagem e vendas”, enfatizou.

Em média são embaladas 200 caixas diariamente na propriedade rural de Claudinei

Claudinei não esconde a paixão em cultivar os morangos, trabalho que desenvolve há mais de 20 anos. “Por mais que a crise está aí o morango ainda é uma fruta muito aceita no mercado. Sinto que poderíamos ter mais incentivo e aumento de produção para atender grandes centros”, disse.

Claudinei e a filha em um dia de colheita de morangos

Atrelada aos reflexos da pandemia, veio também a seca dos últimos meses. Toda a área plantada de Claudinei tem irrigação, mas com a seca foi preciso investir ainda mais e com isso as despesas aumentaram. “A seca fez elevar nossa conta de luz, que não está barata. Por outro lado, o frio intenso ajudou a acelerar nossa produção. O morango gosta e se adapta em temperaturas mais baixas”, observou.

A produção de morangos é cultivada por Claudinei e a família. Além do cultivo ele também lida com gado de leite. “O morango exige muito trabalho nosso. Durante todo o ano lidamos com a planta, isto porque fazemos a mudas e depois preparamos todos os canteiros para o plantio. O ciclo de produção vai de abril até outubro”, comentou.

A Vila Rural de Lovat é rica na produção da fruta. A expectativa é que os produtotes rurais daquela região colhem até o final da safra 40 toneladas. Morangos que são vendidos nos quatro cantos de Umuarama e outras cidades. “Neste ano eu senti um diferencial e não tem tido tanta procura. Antes muitas pessoas vinham até nós querendo morangos para venda ou para o consumo neste ano posso afirmar que caiu em 80% essa procura”, observou.

Os morangos produzidos por Claudinei são de duas espécies o camarosa (mais adocicado) e o morango festival (próprio para ser comido “in-natural”) ele é mais resistente às enfermidades.

A produção que deve chegar até outubro é a queridinha do produtor rural que mesmo em meio aos tantos desafios encontrados não desiste e não pensa em abrir mão desse cultivo. “Eu acredito que o ano que vem se Deus quiser as coisas serão bem melhores e nós iremos colher bons frutos com as vendas”, reforçou.

Cada caixinha de morango é comercializada pelo produtor por R$ 10. No mercado, o preço varia de R$ 12 a R$ 15.

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