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Umuaramense recordista em doação de sangue contribui há 15 anos e ajudou a salvar muitas vidas

Silvia Maria da Silva Couto compartilhou sua trajetória como doadora, revelando que começou suas contribuições aos 40 anos

Fotos: Danilo Martins/OBemdito
Fotos: Danilo Martins/OBemdito
Umuaramense recordista em doação de sangue contribui há 15 anos e ajudou a salvar muitas vidas
Stephanie Gertler - OBemdito
Publicado em 14 de junho de 2024 às 21h10 - Modificado em 15 de junho de 2024 às 09h24
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A umuaramense Silvia Maria da Silva Couto, de 55 anos, alcançou o status de recordista de doações de sangue no Hemonúcleo da Capital da Amizade. Em 14 de junho é comemorado o Dia do Doador de Sangue no Brasil e nada mais justo do que homenagear essa mulher que é um grande exemplo para todos.

Em entrevista para OBemdito, Silvia compartilhou sua trajetória como doadora, revelando que iniciou suas contribuições aos 40 anos, embora não consiga lembrar a data exata. Estima-se que suas doações possam ter beneficiado mais de 180 vidas, considerando que cada doação pode auxiliar até quatro pessoas.

“Faço o possível para realizar todas as doações, já que as mulheres podem doar até três vezes ao ano. É uma forma de ajudar o próximo e também sou doadora de medula óssea”, destacou Silvia.

Após um intervalo de seis meses devido a exames médicos, Silvia retomou suas doações na última semana de março, demonstrando seu comprometimento com o ato solidário. Sua atitude demonstra a importância de conhecer os critérios para a doação de sangue, desmistificando a crença de que cirurgias e exames impedem a doação.

Silvia influenciou familiares e amigos a se juntarem a ela nessa nobre causa, principalmente por meio do grupo SOS com Cristo, do qual faz parte. O grupo promove ações anuais, com a próxima prevista para outubro e ela está determinada a participar, aproveitando o momento oportuno para doar.

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“Normalmente a data do evento não coincide com a data que posso doar, mas neste ano vou conseguir porque vai dar o prazo certinho”, comemora Silvia.

Ao ser informada de sua posição como recordista de doações, Silvia expressou surpresa e alegria, ressaltando a importância do ato sem contar as vezes em que doou. Ela faz um apelo para que mais pessoas sigam seu exemplo e doem regularmente, enfatizando o impacto positivo que cada doação pode ter.

“Você ajuda de uma forma que não tem explicação, porque não conhece quem será beneficiado. Cada bolsa de sangue passa por um processo de separação para atender às necessidades dos pacientes”, explicou Silvia.

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Ela elogiou o atendimento do Hemonúcleo de Umuarama, descrevendo-o como excelente e destacando o tratamento respeitoso e acolhedor dispensado aos doadores. “Os funcionários nos tratam como heróis, desde a chegada até a saída”, disse ela.

Silvia ressaltou também os benefícios de ser doador, incluindo direito a um dia de folga no trabalho, descontos em eventos culturais e isenção de taxas de inscrição em concursos públicos no Paraná.

“Fui ao show do Roberto Carlos pagando metade do preço. Não é o motivo pelo qual doo, mas é um incentivo”, concluiu.

Hemonúcleo

O Hemonúcleo de Umuarama registrou um aumento no número de doações neste ano, conforme destacou Cláudio Francisconi, diretor da instituição, grande parte impulsionado pelo apoio da imprensa local, contudo, esse incremento ainda não supre a demanda da cidade e de outras localidades atendidas.

“O Hemonúcleo atende a 21 municípios na região. Embora existam quatro grandes hospitais na cidade, que atendem pacientes de diferentes cidades da região, inclusive do Mato Grosso do Sul e do Paraguai, a maioria dos moradores dessas localidades não realiza doações em Umuarama, gerando assim uma grande demanda”, explicou Francisconi.

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Para atender essa demanda crescente, Umuarama necessita de mais doadores do que outras unidades da região. A média de fornecimento mensal de hemocomponentes para os hospitais locais, incluindo concentrado de hemácias, é de cerca de 900 bolsas, resultando em quatro subcomponentes: plaquetas, plasma e crio precipitado.

Atualmente, estão sendo coletadas apenas 600 bolsas por mês, equivalente a aproximadamente 25 a 30 doadores diários, enquanto o ideal seria de pelo menos 35 doadores por dia. Em épocas anteriores, o Hemonúcleo chegou a receber até 700 ou 800 doações mensais.

“O ideal é termos mais doadores fidelizados como a Silvia. Os doadores de campanhas são importantíssimos, mas para que possamos manter nosso estoque precisamos que estas pessoas voltem sempre. Esse é o cenário ideal”, explicou.

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Francisconi ressaltou ainda a necessidade de manter um estoque mínimo de 300 bolsas no Hemonúcleo de Umuarama. Apesar disso, ele enfatizou que mesmo em momentos de escassez nunca faltou sangue graças à colaboração de outras unidades.

“É uma frase que eu gosto e não vou parar de repetir: não há nada que substitua o sangue. Tem algum antibiótico, soro, medicamento ou vacina que substitua o sangue? Infelizmente não! Então precisamos muito dos doadores”, finalizou.

Junho Vermelho

O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), promove a campanha “Paraná, terra de sangue bom” para estimular as doações de sangue durante o Junho Vermelho, período dedicado à conscientização sobre a relevância desse ato altruístico, uma vez que o dia 14 de junho é celebrado como o Dia Mundial do Doador de Sangue.

Durante este mês, as 23 unidades do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) reforçam a necessidade de novos doadores para garantir o abastecimento de sangue, fundamental para o sustento de inúmeros pacientes atendidos diariamente em aproximadamente 384 hospitais, entre públicos, privados e filantrópicos, distribuídos por todo o estado. Esses hospitais representam 93% dos leitos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste ano o Paraná contabiliza 83 mil doações de sangue, enquanto no ano anterior foram registradas mais de 187 mil. Desde 2019, o Governo Estadual investiu aproximadamente R$ 186 milhões em equipamentos e insumos com tecnologia de ponta voltados para a área de hemoterapia, tornando a rede de hemocentros do Paraná uma das mais avançadas do país e referência para outras unidades no território nacional.

No mês anterior, o Hemepar enviou 300 bolsas de sangue para auxiliar o sistema de saúde do Rio Grande do Sul, em resposta à situação de calamidade pública causada pelas enchentes.

Quem pode doar sangue?

Homens podem doar a cada dois meses, totalizando quatro doações por ano, enquanto as mulheres podem doar a cada três meses, com um máximo de três doações por ano. Após a coleta, o sangue é fracionado e os hemocomponentes (plasma, hemácias, plaquetas e crio) são processados. Atualmente, a maior necessidade é de doadores do tipo sanguíneo B, que está em falta na unidade.

Entre os requisitos, é necessário ter entre 16 e 69 anos completos. Os menores de idade podem doar com autorização e na presença do responsável legal. Além disso, o doador deve pesar no mínimo 51 quilos, estar descansado, bem alimentado e hidratado (evitando alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar um documento oficial com foto, como carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação.

Como realizar a doação?

As doações podem ser agendadas no site do Hemepar PR, garantindo que a pessoa seja atendida em um horário pré-determinado. O Hemonúcleo em Umuarama está localizado na Avenida Manaus, 4444, na região do Centro Cívico. O horário de atendimento para doações é das 08h às 11h30 e das 13h30 às 15h30. Para mais informações e agendamentos, entre em contato pelo telefone (44) 3621-8307.

Doaçao De Sangue Hemonucleo Danilo Martins 15 09 2021 (17)

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