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Jaqueline Mocelin Publisher do OBemdito

Defesa de Jean Michel aponta falhas em provas e na perícia para pedir sua absolvição

Os jurados estão votando e em breve deve ser finalizado o julgamento

Foto: Colaboração/OBemdito
Foto: Colaboração/OBemdito
Defesa de Jean Michel aponta falhas em provas e na perícia para pedir sua absolvição
Jaqueline Mocelin - OBemdito
Publicado em 3 de março de 2024 às 00h07 - Modificado em 3 de março de 2024 às 03h21
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Começou pouco antes das 22h deste sábado (2) uma das últimas fases do julgamento de Jean Michel de Souza Barros, 41 anos. Após as 2h de tempo para a acusação (Ministério Público) fazer sua argumentação final, foi realizado um intervalo de 1h e o júri foi retomado com 2h concedidas para a defesa do réu debater o caso.

Jean Michel é acusado de ter cometido triplo homicídio em Umuarama. O crime aconteceu no dia 8 de agosto de 2021, em um sobrado na avenida São Paulo, perto da praça do Japão. As vítimas foram a advogada Jaqueline Soares (esposa de Jean), 39 anos, e os pais dela, Helena Marra, 59 anos, e Antônio Soares dos Santos, 65 anos.

O advogado Adriano Bretas, integrante da bancada de defesa, começou a parte de debates abordando os elementos materiais apresentados no inquérito feito pela Polícia Civil. Assim como em todo o julgamento, a defesa argumentou que todas as provas inicialmente coletadas foram infrutíferas e não conduzem para realmente incriminar Jean Michel.

Ele falou sobre os chinelos, o vídeo, a faca, a camiseta, o print da placa do carro, entre outros elementos. “Subtraíram provas, fraudaram criminosamente, criaram um monstro”, afirmou Bretas.

O segundo advogado da equipe fez uma linha cronológica da data em que os corpos das vítimas foram encontrados. Ele citou novamente a falta de 10 segundos no vídeo do momento em que os celulares de Antônio e Helena são dispensados em um bueiro e o print do veículo (em que aparece a placa), que é apontado pela defesa como uma falsidade e elemento manipulado. Também falou sobre as demais provas apresentadas, refutando todos os elementos que foram utilizados no inquérito.

O terceiro advogado, Renan, abordou aspectos da conta Google para tentar demonstrar que o cliente não tem culpa do crime. Ele ainda afirmou que o celular de Jaqueline tinha as contas de Jean Michel e de seus pais conectadas. Segundo o advogado, isso pode indicar que a rota traçada pela investigação poderia ser proveniente de qualquer um dos telefones conectados.

Ele ainda falou sobre elementos desprezados, como a motivação do crime, a dinâmica da execução, entrada na casa, que vantagem que Jean obteve, vestígios biológicos, patrimônio da família, relações dos processos judiciais em que os juízes (cunhados do réu) estavam envolvidos, as câmeras, entre outros. “Um dos piores erros judiciários que já vi. Uma das piores investigações que presenciei”, finalizou.

Por fim, o advogado Dalledone falou sobre erros no judiciário e que este era mais um caso. Reafirmou, assim como seus colegas de defesa, que não foram produzidas provas que comprovem que Jean Michel é o culpado. E que a equipe de advogados fez a produção defensiva de provas. Também citou que a herança foi usada como um pano de fundo para montar o caso e voltar todas as suspeitas contra seu cliente. “Ninguém quer herança dessa família abatida pela tragédia”, bradou.

Dalledone pediu para que seja colocada “ordem na 7ª Subdivisão Policial” – responsável pelas investigações. “Em nome da lei, pela segurança jurídica da comunidade, absolvam esse homem”, foram as últimas palavras do advogado.

Agora os jurados irão passar para a fase de julgamento, onde irão dizer se Jean Michel é culpado ou inocente.

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