Umuarama: Começa nesta quinta-feira o julgamento de Jean Michel, acusado de triplo homicídio
A expectativa é de que o júri possa se prolongar por até três dias
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O clima é de expectativa e de esperança para a família de Jaqueline Soares, Helena Marra e Antônio Soares dos Santos. Os três foram assassinados com golpes de faca no dia 8 de agosto de 2021. Jean Michel de Souza Barros, 42 anos, é acusado de ter cometido os crimes e vai a júri popular nesta quinta-feira (29) a partir das 9h no plenário do Tribunal do Júri de Umuarama.
Poucos detalhes sobre a sessão de julgamento foram divulgados. O juiz será Adriano César Moreira, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Umuarama. A expectativa é de que o procedimento tenha duração de até três dias, ou seja, se prolongue até sábado (2/3).
O Fórum de Umuarama terá um esquema especial de segurança. Equipes da Polícia Penal da região e do 25º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Umuarama foram escaladas para assegurar que o júri transcorra com tranquilidade.
O réu foi acusado pelo Ministério Público de ter cometido três homicídios qualificados: da esposa Jaqueline, da sogra Helena e do sogro Antônio. OBemdito não teve acesso ao processo, porém, de forma extraoficial há informações de que foram indicadas as seguintes qualificadoras no cometimento dos crimes: motivo fútil; mediante emprego de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima; contra a mulher por razões da condição do sexo feminino (feminicídio); violência doméstica; e contra pessoa maior de 60 anos. As qualificadoras, caso acatadas pelos jurados e ele seja condenado, agravam ainda mais a pena.
Jean Michel está preso no Complexo Médico em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Logo após ter sido apontado como principal suspeito dos assassinatos, ainda no dia 9 de agosto, o comerciante foi preso e colocado na carceragem de Umuarama. No dia 13 do mesmo mês ele foi transferido para Campo Mourão e em 24 de agosto foi transladado para Pinhais.
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Na última sexta-feira (23), OBemdito conversou por telefone o advogado Giovanni Moro, que foi contratado para defender Jean Michel. Na ocasião ele afirmou que a defesa acredita que o cliente não matou as vítimas e que sua inocência será comprovada. “A tese da defesa é a realidade dos fatos. Nós sustentaremos exatamente o que defendemos nos autos do processo e pediremos a absolvição do acusado”, pontuou.
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RELEMBRE O CASO
Jean Michel de Souza Barros é acusado de assassinar a esposa e os sogros, em Umuarama. O triplo homicídio aconteceu no dia 8 de agosto de 2021 e só foi descoberto no dia seguinte (9/8/2021). A advogada Jaqueline Soares, 39 anos (esposa do acusado), e os pais dela, Helena Marra, 59 anos, e Antônio Soares dos Santos, 65 anos, foram mortos com golpes de faca. O casal estava no térreo da casa e Jaqueline no andar superior do imóvel, dentro de uma banheira.
Os corpos das vítimas foram encontrados na casa da família, na avenida São Paulo, próximo à praça do Japão, na manhã de segunda-feira (9). Uma funcionária chegou para trabalhar e se deparou com o cenário de horror. Laudos periciais atestaram que o triplo homicídio ocorreu volta das 22h do domingo (8).
Jean Michel não vivia no sobrado. Ele estava na casa da mãe e supostamente buscava um apartamento para se mudar com a esposa – foi afirmado na época que o casal passava por problemas no relacionamento, mas estava em um momento de reconciliação.
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Também foi divulgado na ocasião que Jean Michel não tinha um bom relacionamento com os pais de Jaqueline, principalmente com o sogro. Antônio passava boa parte do tempo cuidando de suas lojas de tecidos e aviamentos em Guaíra/PR e em Mundo Novo/MS.
Mesmo assim, teria sido Antônio quem incentivou o genro e a filha a abrirem uma loja de aviamentos em Umuarama. A empresa está localizada em uma galeria comercial no edifício Burle Marx, no entorno da praça Miguel Rossafa. Desde o dia seguinte aos crimes a loja está fechada e quem passa em frente ao local pode ver que tudo permaneceu do mesmo jeito que estava – a única diferença são alguns panfletos introduzidos pela fresta da porta de vidro e a poeira que se acumulou pelo ambiente por não ter sido limpo desde então.
Apesar das investigações policiais e evidências apontarem que Jean Michel tenha cometido o triplo homicídio, o réu nega o crime.
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