Foto: Danilo Martins/OBemdito

Umuarama

Irmãs adotadas por meio de aplicativo realizam o sonho de homem em ser Pai

Nataly e Natália foram adotadas em 2019 e encontraram o verdadeiro amor de pai em Lucas

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Irmãs adotadas por meio de aplicativo realizam o sonho de homem em ser Pai
Paula Damacena
OBemdito
8 de agosto de 2021 15h42

A felicidade de um pai é estar rodeado por seus filhos e é assim que tem sido a vida do motorista Lucas Batista Gelini Claus.  Ele se tornou pai recentemente após um longo período na fila para adoção. Nataly e Nataália foram adotas já adolescentes.

 As filhas vieram grande e trouxeram no coração muito amor e carinho que é repassado ao homem que escolheu elas para chamarem de ‘Pai’.

“Sou casado há 19 anos e sempre tive o sonho de ser pai. Acho que todos os homens tem esse sonho. Por anos lutamos para essa realização e foi por meio do aplicativo A.DOT que eu conheci minhas meninas”, lembrou Lucas Batista Gelini Claus.

Lucas é casado com a assistente de logística, Elisângela Figueiredo Brito Claus os dois contam que por cinco anos ficaram no processo de adoção. “Num primeiro momento queríamos um bebezinho para viver todos os momentos com eles, mas o processo é muito demorado foi ai que nos apresentaram o aplicativo A.DOT e nós mudados a forma de ver e começamos a pensar em adotar crianças maiores ou até mesmo adolescentes”, ressaltou.

Foi por meio da internet a aproximação que Lucas teve com as duas filhas Nataly e Natália as irmãos são de Araucária na Região Metropolitana de Curitiba. “Todo nosso processo com as meninas começou lá em 2018, nos conhecemos por meio da internet, nos identificamos e começamos nossa aproximação”, observou.

Foram muitas viagens do casal até Araucária e das meninas até a Capital da Amizade. O procedimento é realizado até que o processo de adoção seja concretizado. As irmãs viviam em um abrigo e só queriam um lar para chamar de seu e uma família e um paizão como Lucas.

Tudo foi se encaixado até que em 2019 as duas meninas vieram morar com a família em Umuarama. O processo de adaptação foi longo tanto para as irmãs quanto para o casal que os adotaram. “Nós ganhamos a guarda provisória e elas passaram a conviver diariamente conosco e com nossa família. No começo foi estranho para os dois lados, mas eu sabia que seria a melhor experiência da minha vida, eu sabia que nelas estaria encontrando o amor e o vazio que faltava em nossa casa”, contou emocionado.

Foi em agosto de 2019 que definitivamente a guarda foi confirmada ao casal. “Eu faria tudo novamente e sem medo.  Não vou falar que é fácil por que não é. Passamos período de adaptação, foi estranho no começo, mas hoje nos sentimos muitos felizes”, enfatizou.

Nos olhos de Nataly e Natália é visível ver o amor e o carinho que ambas sentem pelo pai. Não foi difícil para elas descreverem em poucas palavras o que esse paizão significa à elas.

“Realmente eu vejo ele como um herói, um guerreiro e um grande batalhador”, disse Nataly como os olhos cheios de lágrimas.

Já Natália descreveu o pai como: “Além de tudo que minha irmã disse, ele é bastante companheiro e está sendo um pai que eu nunca tive”, destacou a menina emocionada.

O pai e as filhas tem alguns hobbys que são vivenciados no dia a dia da família. “Nós gostamos muito de estarmos juntinhos. “Gostamos muito de assistir filmes, escutar músicas, conversamos demais, almoço em família, jogar e brincar em casa”, contou as duas filhas.

Para muitos a pandemia da covid-19 foi uma forma de distanciamento, mas para essa grande família foi de verdadeira aproximação que esbanja carinho e amor. “Nesse momento o nosso contato se tornou mais intenso. Eu consegui me dedicar muito mais as minhas filhas”, lembrou.

No começo as irmãs também passaram por dificuldades. Elas contaram à reportagem de OBemdito que no começou houve um misto de felicidade com tamanha insegurança. “Nós vivíamos entre um familiar e outro e também no abrigo. Não imaginávamos que seríamos adotados e que teríamos tanto amor”, contou Natália.

Quando chegaram aos braços de Lucas e Elisângela as meninas foram moldadas e aprenderam muito sobre o amor. Ambas viviam por anos em um abrigo de Araucária. “No começo a gente não conseguia chamar ele de pai. Era estranho e tínhamos medo de não dar certo e a gente ter que voltar”, contou.

Com o tempo foi crescendo a afinidade entre eles. E não é que o Lucas foi surpreendido em um dia qualquer, ao ser chamado de “PAI”. “ Coração disparou. Foi estranho, mas eu vi que tudo tem o tempo”, observou.

Hoje é pai para lá e pai para cá. O que mais Lucas tem ouvido dentro de casa é essa palavra tão pequena, mas de um grande significado.

A esposa Elisângela definiu Lucas como: Um super pai, além de ser um grande companheiro das filhas. Um laço que parece que foi criado há anos e não a tão pouco tempo. Um grade pai, realmente era para ser”, enfatizou.

“Ser pai é tudo de bom. Não ser pai biológico não me faz menos pai, a fase que perdemos com elas, supera o que estamos vivendo aqui hoje. Eu amo essas meninas como se elas tivessem aqui conosco desde o nascimento. É muito bom ser pai e viver essa experiência única na vida de um homem”, finalizou.

SOBRE A ADOÇÃO PELO APLICATIVO:

O A. DOT é um aplicativo que conecta crianças e adolescentes em condições de adoção com pretendentes habilitados no Cadastro Nacional de Adoção e dispostos a transformar suas histórias. 

A Elisângela e o Lucas estavam na fila para adoção há 5 anos. No primeiro momento eles queria um recém-nascido e depois ficaram sabendo da possibilidade em adotar crianças maiores e até adolescentes. Eles mudaram todo o processo, foi quando, conheceram as duas irmãs.

O primeiro contato com as duas foi por meio do aplicativo. Todas as partes tiveram em interesse em contato presencial e com autorização da Justiça os laços foram se juntado e hoje formam uma grande família. “No começo ouvimos muito e muitas pessoas nos chamavam de loucos porque estávamos adotando duas adolescentes. Mas eu não tenho dúvidas de que fizemos a melhor escolha de nossas vida. Por mim eu até adotaria mais”, contou Lucas com sorriso no rosto.

“Nós queremos com nossa história que mais famílias tenham a oportunidade de realizar o sonho de serem pais. E que a adoção tardia não seja descartada. Hoje a nossa família é completa e muito feliz”, ressaltou.

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