Foto: Albari Rosa/AEN

Saúde

Procedimento de captação de órgãos é realizado nesta quinta-feira na Uopeccan de Umuarama

Foto: Albari Rosa/AEN
Procedimento de captação de órgãos é realizado nesta quinta-feira na Uopeccan de Umuarama
Redação
OBemdito
28 de dezembro de 2023 17h13

O hospital Uopeccan de Umuarama foi palco da captação de órgãos de um paciente que teve constatada a morte cerebral, na madrugada desta quinta-feira (28). Com a autorização dos familiares a equipe do Hospital Santa Casa de Maringá prontamente dirigiu-se à Uopeccan para realizar a captação dos rins e do coração para válvulas. O procedimento teve início às 4h e foi concluído às 7h.

“A determinação da morte encefálica é realizada por dois médicos da instituição e um terceiro médico Neurologista de Maringá. Após a confirmação da morte encefálica e liberação da Central Estadual de Transplante do Paraná – CET/PR, foi feita a comunicação de más notícias à família e explicado o direito à doação de órgãos. Esclarecemos todas as dúvidas sobre o processo de captação, e foi somente então que a família manifestou o desejo de fazer a doação”, explicou Soliane Zambello, enfermeira responsável pela CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes).

Mesmo diante da dor da perda, os familiares tiveram um gesto nobre que poderá salvar até três pessoas compatíveis que aguardam na fila de transplantes.

Fila de transplantes do Brasil

O Brasil é reconhecido mundialmente na área de transplantes e abriga o maior sistema público desse tipo no mundo. Em números absolutos, é o segundo maior país transplantador, ficando atrás apenas dos EUA. No primeiro semestre de 2023, foram realizados 206 transplantes de coração no país, representando um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados do Ministério da Saúde.

A lista para transplantes é única e válida tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. Ela opera com critérios técnicos que consideram tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade específicos para cada órgão, determinando a ordem dos pacientes a serem transplantados.

Quando os critérios técnicos são semelhantes a ordem cronológica de cadastro funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico recebem prioridade de atendimento devido à sua condição clínica. Qualquer pessoa pode se tornar doadora após a confirmação da morte, mediante autorização da família.

Foto: Uopeccan

Existem dois tipos de doadores: os falecidos e os vivos. Os doadores falecidos são pacientes diagnosticados com morte cerebral, geralmente decorrente de traumas ou doenças neurológicas graves, ou casos em que o falecimento ocorre por parada cardiorrespiratória. Após a confirmação da morte e com autorização familiar, a doação é realizada.

Já os doadores vivos podem ser qualquer pessoa saudável, podendo doar um dos rins ou parte do fígado para um familiar próximo até o 4º grau consanguíneo. No entanto quando a doação é destinada a uma pessoa não aparentada, é necessária uma autorização judicial.

Diversos órgãos podem ser doados, como coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado, além de tecidos como córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões. Um único doador pode ajudar várias pessoas.

(Com informações assessoria Uopeccan, Ministério da Saúde e Sistema Estadual de Transplantes do Paraná)

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