Cachos viçosos e frutos saudáveis: a produção de manga nas ruas e praças de Umuarama é farta! Foto: Danilo Martins/OBemdito

Umuarama

Centenas de pés de manga compõem o cenário de arborização da cidade de Umuarama

Presentes em ruas e praças, estão em plena produção; frutos viçosos e coloridos chamam a atenção dos que passam e muitos não resistem e colhem para levar para casa

Cachos viçosos e frutos saudáveis: a produção de manga nas ruas e praças de Umuarama é farta! Foto: Danilo Martins/OBemdito
Centenas de pés de manga compõem o cenário de arborização da cidade de Umuarama
Graça Milanez
OBemdito
13 de dezembro de 2023 19h09

Ela é de origem asiática, mas se alguém disser que é brasileira dá até para acreditar; afinal, faz parte da memória afetiva de muita gente, especialmente os nascidos nas regiões mais quentes do país. Doce, suculenta e supernutritiva, a manga é uma das frutas mais amadas e mais consumidas no Brasil.

Segundo dados da Embrapa, os maiores produtores são os estados da Bahia (42,1%), Pernambuco (29,5%) e São Paulo (10,9%), que participam com 82,5% das colheitas nacionais. O Paraná participa com 0,5%. A região de Umuarama tem pomares, mas a produção não é tão significativa. ‘Importamos’ a maior parte do total que consumimos.

Na cidade de Umuarama, como em qualquer outra, é possível encontrá-la nos supermercados, nas frutarias, nas feiras e… olha só, nas ruas e praças da cidade. Aproximadamente mil pés fazem parte do conjunto de arborização urbana, quase todos em fase adulta e, nesta época, carregados! Dá para ver de longe a exuberância das pencas! Bonito de ver o colorido da fruta reluzindo!

 Fruta tropicalíssima, produtividade de manga nas ruas e praças de Umuarama impressiona!

A Avenida Rio Grande do Norte tem grande concentração de pés. OBemdito deu uma volta por lá e constatou: a vizinhança colhe e leva direto para casa; outros degustam com o maior prazer, ali mesmo, sob a sombra que sua copa avantajada produz.

“Muito docinha!”: Eurípedes mostra manga que acabou de colher

“Tá bem docinha!”, exclamou Eurípedes Aparecido de Paiva, 57 anos, morador do 1º de Maio. Ele trabalhava no local [roçando a grama do canteiro]. “Estou no horário de descanso e aproveitei para chupar umas”, justificou. “O pé é muito alto; usei uma vara para apanhar”.

O aposentado Lauro, que costuma colher para levar para casa

Em outro ponto da Avenida estava o aposentado Lauro Francisco dos Santos, 84 anos, descansando com a esposa, debaixo de um pé exuberante da fruta [de mais de dez metros de altura], no canteiro central. Ele conta que, nesses dias de calor, costumam levar cadeiras e lá passam horas sob a copa da mangueira, que fica à frente da casa deles.

 Lauro e a esposa gostam de descansar à sombra de um pé de manga

Diz que gostam da sombra, mas também da fruta. “Sempre que tem, eu colho, sim, e levo pra casa… Gosto muito de manga! Não é a minha fruta preferida, mas gosto! E tem que aproveitar, porque é de graça!”, comentou o pernambucano, rindo.

Inconvenientes

A equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente não vê com bons olhos esse ‘pomar de manga urbano’. É que a maior parte das frutas não é aproveitada. “Elas caem e acabam ficando pelas calçadas, apodrecendo, exalando cheiro ruim… Se o proprietário não limpa, não varre a calçada, isso vira um problema”, explica o secretário Waltinho Sucupira.

Waltinho Sucupira: plantio de manga e qualquer outra árvore frutífera é proibido em locais públicos

Se no passado o plantio foi autorizado e/ou incentivado pelo Poder Público, não sabe responder, mas, com segurança, afirma que a manga não é árvore apropriada para cidade [por vários fatores]. Ele conversou com OBemdito no cruzamento das avenidas Parigot de Souza e Rio Branco, onde estão cinco pés enormes da fruta.

“Veja este exemplo: muita manga aqui na calçada, diante de um prédio vazio, ou seja, não tem quem limpa, se torna um problema”, apontou, lembrando que o novo Plano de Arborização, aprovado em 2020, proíbe o plantio de frutíferas em áreas públicas.

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“Os pés que existem hoje não podem ser cortados; quando, por um motivo justificável, tiverem que ser erradicados, serão substituídos por árvores apropriadas, especificadas no novo Plano de Arborização”, salientou.

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