Saúde

Palestra no Ambulatório de Infectologia marca o fim do mês de conscientização sobre sífilis

Uma das doenças mais antigas do mundo, a sífilis ainda resiste e persiste. Para se ter uma ideia, só nos primeiros nove meses deste ano foram confirmados 39 casos (36 adquiridas e mais três em gestantes) em Umuarama, segundo relatório do Ambulatório de Infectologia da Secretaria Municipal de Saúde. 

O médico infectologista Ricardo Delfini Perci encerrou na tarde desta sexta-feira (27) os trabalhos especialmente desenvolvidos para lembrar o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, comemorado no terceiro sábado de outubro.

Em palestra para agentes comunitários de saúde, realizada no Anfiteatro Haruyo Setogutte, o médico detalhou que a sífilis chegou e ficou, propagando-se em especial em tempos de guerras.

“Há registros de seus sintomas de milhares de anos atrás. A medicina moderna identificou a bactéria causadora da doença (Treponema pallidum) em 1905, mas a cura só veio com a invenção da penicilina, em 1943. É curável e exclusiva do ser humano, tendo como principal via de transmissão o contato sexual. Também pode ser transmitida por sangue contaminado”, especifica.

O tratamento, segundo Dr. Perci, é feito com antibióticos e deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.

“A sífilis é uma infecção curável, com tratamento relativamente simples, mas pegar uma vez não promove imunidade. Nas formas mais graves da doença, como na fase terciária, o não tratamento adequado pode levar à morte”, alerta.

Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença, que se divide em latente – quando não aparecem sinais ou sintomas –, primária – quando há uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio –, secundária – quando aparecem manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo – e terciária – que pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção, com lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas.

O cronograma de ações desenvolvido pelo Ambulatório de Infectologia contou com palestras sobre ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e Sífilis, apresentada pela psicóloga Lucinéia Ceolin e pela estagiária em psicologia Lorena Ruiz, que foram até instituições, empresas e abordagens a pessoas em situação de rua e usuários do Albergue Apromo, comenta Maria de Lourdes Gianini, coordenadora do Ambulatório.

“Após passar pela unidade de saúde de seu bairro, o paciente que apresenta os sintomas é encaminhado ao Ambulatório, onde ele passa a receber todo o acompanhamento, medicamentos gratuitos e todo apoio necessário”, relata.

(Com informações assessoria PMU)

Redação

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