Pós-graduada em Arteterapia, pintora umuaramense abre ateliê para atendimento

Desde sempre o mercado de trabalho foi e é concorrido. Mas hoje parece que está mais difícil conseguir aqueeele emprego idealizado, por isso muita gente está ‘inventando’ o próprio. Maria Eduarda Carrenho, a Madu Carrenho, 27 anos, fez isso: ela abriu um estúdio de arteterapia, novidade em Umuarama.

Formada em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Maringá e pós-graduada em Arteterapia, ela atende no ‘Espaço Singu(lar)’, em uma sala que é ‘bem a cara dela’: cheia de quadros coloridos [pintura em óleo sobre tela de sua autoria], pinceis, lápis, cartelas de tinta aquarela e outros materiais que acrescentam charme ao ambiente.

E qualquer um, com mais de 7 anos de idade, pode participar das sessões de arteterapia. Não precisa ter veia artística para ingressar nesta que é um método muito valorizado atualmente, especialmente para quem sofre de ansiedade, depressão, déficit de atenção e hiperatividade.

Madu recebe os clientes às terças e quintas, em grupos de quatro pessoas. Durante uma hora e meia aplica as técnicas de abordagem Junguianas [referente a Carl Jung, criador da Psicoterapia Analítica; resumidamente, são técnicas que trabalham o inconsciente pela simbolização na arte].

“Trabalhamos a pintura para além do pintar por pintar, sempre focando o autoconhecimento, os fundamentos da linguagem visual e temas do cotidiano, pertinentes a cada demanda atendida”, explica, dizendo que está otimista com relação à iniciativa.

“Tenho bastante experiência no currículo, nesta área”, destaca, citando o estágio de cem horas que fez no Lar dos Idosos de Umuarama e o trabalho que desenvolveu durante um ano no Espaço Viver Bem da Unimed [atendendo crianças autistas] e em sala de aula, como professora [no ensino fundamental e médio].

Soma-se a isso seu talento nato em artes visuais. “Pinto desde os 10 anos de idade; foi quando comecei a entender que ela, a pintura, poderia ser muito mais do que um objeto que combina com a cortina de uma sala”, comenta, em tom irônico.

Mas, deixa claro: “A arteterapia não está ligada à estética; e arteterapeutas não são psicólogos… Bebemos da fonte da psicologia, mas somos profissionais preparados para ajudar as pessoas a desenvolver a imaginação e a criatividade, a ampliar a consciência e a valorizar a importância da socialização”.

Ela enfatiza também que, depois que se profissionalizou e vivenciou a arteterapia, tudo mudou: “Acolher e elaborar o que sai de nossa mente e que passa pelas nossas mãos é um processo encantador! Estamos acostumados a brindar o que é socialmente ‘belo’ e esquecemos que existe beleza no que é genuíno”.

Qualidade de vida

As reflexões sobre o potencial que a pintura tem para ajudar as pessoas é que levaram Madu a tornar o hobby em profissão [e ter uma empresa].

“Minha prática com a pintura mudou e se reforçou ao perceber que com ela eu poderia expandir o meu olhar”, afirma, demonstrando satisfação por já estar alcançando bons resultados no início da sua carreira de empreendedora.

“Penso que meu trabalho está sendo bem aceito não só porque investi na minha formação, mas também porque acredito nele, me dedico ao máximo e amo o que faço!”, justifica.

Para ela, oferecer ao cliente a parte nobre da arte é o que importa: “Percebi que a minha missão com a pintura seria ajudar crianças e adultos a se expressarem, permitindo que a potência criativa seja despertada e, com isso, oportunizar melhor qualidade de vida”.

== Para mais informações converse pelo whatsApp 44 9 98797438 ou siga @maducarrenho no Instagram; o Espaço Singu[Lar] fica no bairro Aratimbó.

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