Paraná

Relógio de uma das vítimas ajudou equipes na localização do avião na Serra do Mar

O relógio de um dos umuaramenses que estavam no avião Piper Arrow foi uma peça chave para que as equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Corpo de Bombeiros localizassem, nesta sexta-feira (7), a aeronave que caiu na região conhecida como Serra das Canavieiras, na Serra do Mar, no litoral paranaense. O relógio era equipado com GPS e a última localização geográfica levou os profissionais até o local do impacto.

A informação foi repassada pelo major Fabrício Frazatto dos Santos, comandante do Corpo de Bombeiros de Paranaguá, em entrevista coletiva no início da noite desta sexta-feira (7). De acordo com ele, as equipes receberam a informação de um familiar que uma das vítimas poderia estar com o relógio, e que o equipamento possuia rastreamento GPS.

A partir desta informação foi repassada à Força Aérea Brasileira que buscou informações junto à empresa fornecedora do relógio, que verificou que havia uma última sinalização desse relógio em uma determinada coordenada geográfica“, explicou o major. “A partir deste momento as buscas foram direcionadas para aquela área“.

Entretanto, segundo Frazatto, a região onde a localização geográfica apontava ainda era de mata extremamente densa e terreno complexo, o que impossibilitou que as equipes de helicóptero da FAB pousassem no local. “As equipes tiveram que se infiltrar no terreno para confirmar que a aeronave estava ali“.

Ainda de acordo com major Frazatto, a partir da nova localização, por volta das 14h, as equipes do helicóptero H-60 Black Hawk, da FAB, desceram de rapel no local dos destroços, constataram os óbitos e fizeram o resgate dos corpos. “Todos os acessos dos corpos e dos resgatistas foram feitos pela aeronave“, acrescentou.

Possível causa da queda

Frazatto explicou também que pelo local e altitude em que a aeronave foi encontrada, os profissionais que atuaram no resgate dos corpos levantaram a hipótese que o piloto da aeronave talvez estivesse muito abaixo do esperado devido ao tempo chuvoso e com névoa, o que comprometeu a comunicação com a torre e pode ter resultado, lamentavelmente, na queda.

Ela (a aeronave) parece que teve uma queda na vertical, estava embaixo de uma árvore“, afirmou. “Essa falta de comunicação da aeronave com o radar pode ter sido, é uma possibilidade, novamente reforço isso, pela baixa altitude em que ela estava. Ela estava dentro de um vale, entre duas cadeias de montanhas“, concluiu.

Mais de 200 pessoas – dentre equipes de socorro e voluntários – e 15 instituições atuaram nas operações de buscas, que foram encerradas por volta das 18h30 desta sexta-feira.

(Com informações e vídeo QAP Litoral Notícias)

Luiz Fernando

Luiz Fernando é estudante de Jornalismo na Universidade Estadual de Londrina e trabalha há três anos no portal OBemdito auxiliando na cobertura de notícias em Umuarama e região.

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