Umuarama

Roda de conversa orienta famílias de Umuarama sobre o convívio com pessoas autistas

Familiares de crianças e adolescentes com Transtorno de Espectro Autista (TEA) participaram de uma roda de conversa na manhã de sexta-feira (14), no Centro da Juventude (Ceju), com a psicóloga e especialista na área Renata Ortiz, do Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) da Secretaria Municipal de Saúde. 

Com o tema “A vivência após o diagnóstico de TEA”, a ação faz parte das atividades realizadas pelo município em razão do Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo (02/04), por sugestão da equipe dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) de Umuarama. 

“A roda de conversa tem o apoio da Coordenação de Saúde Mental do município, com a finalidade de fortalecer os vínculos entre as famílias que convivem com o autismo, informá-las sobre cuidados e condutas que podem melhorar o convívio familiar e promover o desenvolvimento do autista”, disse o assistente social Rogério Ângelo da Silva, do Centro da Juventude. 

A psicóloga Renata Ortiz orientou as famílias sobre como receber o diagnóstico, o sentimento que ele causa, e a lidar com a pessoa autista dentro de casa. Abordou as principais dificuldades enfrentadas no convívio e detalhou terapias que têm dado bons resultados, visando o neurodesenvolvimento e a qualidade de vida da pessoa com TEA. 

Mãe de criança autista, ela conta que quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso com as terapias. “Temos momentos importantes até os dois anos de vida que permitem desenvolver a criança em vários aspectos. Depois, entre os dois e seis anos, também tempo tratamentos que excelentes resultados. A partir dessa idade os avanços são possíveis, porém exigem mais esforços e paciência”, afirmou. 

Os sintomas do autismo são divididos em três grupos. Um deles inclui ausência completa de contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental; em outro, o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala para comunicação (repete frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão. 

Por fim, outro grupo tem domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior e menor dificuldade de interação social, que permite levar a vida próxima do normal. O autismo é um transtorno crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar. 

O acompanhamento envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da orientação aos pais ou cuidadores. Recomenda-se que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual à outra. 

“A atividade de hoje surgiu de situações reais que chegam diariamente aos CRAS. Por isso as assistentes sociais sugeriram este momento para orientar as famílias com crianças e jovens autistas, a fim de incentivar o diagnóstico, valorizar o tratamento e melhorar a convivência familiar e com a sociedade”, completou a secretária da Assistência Social, Adnetra Vieira dos Prazeres Santana. 

Redação

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