Foto: Reprodução/Rede Social

Umuarama

Sorrisal nega que licença seja manobra para aprovação de reforma na Previdência

Ele deveria ter assumido a presidência do Legislativo na ausência de Cleber Marcos Nogueira, o Clebão dos Pneus

Foto: Reprodução/Rede Social
Sorrisal nega que licença seja manobra para aprovação de reforma na Previdência
Rodrigo Mello
OBemdito
28 de março de 2023 17h34

O vereador João Paulo Marque Marciel, o Sorrisal (PP), que pediu afastamento da Câmara de Vereadores de Umuarama por 30 dias, disse que passará por exames médicos nas próximas semanas. O parlamentar deveria ter assumido a presidência do Legislativo na ausência de Cleber Marcos Nogueira, o Clebão dos Pneus (PP), que permanecerá à frente do Executivo durante as férias do prefeito Hermes Pimentel (PSDC).

Com o afastamento de Sorrisal, nesta segunda-feira (27), o suplemente, Édipo Turisco, assumiu a vaga na Casa. A licença é vista como uma estratégia para o prefeito Hermes Pimentel, que tenta construir maioria no Legislativo, aprovar a reforma da previdência municipal.  

Turisco, que pediu exoneração da função do cargo de diretor-presidente da Acesf (Administração de Cemitérios e Serviços Funerários), de Umuarama, é alinhado com o governo municipal, o que, em tese, poderia garantir um voto a mais em favor da reforma.

Nesta terça-feira (28), em conversa com OBemdito, Sorrisal negou que o seu afastamento tenha sido motivado por questões políticas e afirmou que precisou pedir licença para tratar problemas de saúde.

Segundo o vereador, que disse estar em um sítio, o afastamento foi solicitado por um profissional médico que pediu para que ele também desse um tempo de suas atividades pessoais, além das redes sociais que mantém.

“Fui diagnosticado com síndrome do pânico, entre outras coisas. O médico me passou alguns remédios fortes e, por isso, precisei me afastar para fazer o tratamento. Na próxima semana, inclusive, vou fazer exames de coração, além de um cardiograma, porque estou com muita ansiedade e cansaço. Não consigo dormir à noite”, afirmou.

Na justificativa médica para o afastamento consta a Cid F43.22, termo usado para designar uma reação mista de ansiedade e depressão. Apesar da informação, o documento não é público devido a lei de proteção especial de dados.

“Quero restabelecer minha saúde para eu poder voltar atuar da forma como realmente as pessoas querem que eu atue. Estou fazendo esse tratamento para colocar o meu psicológico e minha saúde mental no eixo para poder representar da melhor forma possível os umuaramenses” argumentou o vereador.

As justificativas apresentadas pelo vereador, não convenceram, por exemplo, lideranças sindicais, que nas redes sociais sustentam que o pedido de afastamento seria uma manobra para aprovar o projeto que já chegou a ser pautado por pelo menos três vezes, mas foi retirado de votação depois protestos de servidores públicos que não concordam com as mudanças na previdência.

“Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Você acha que eu iria me prestar a esse papel? Eu acho que se ele [prefeito Hermes Pimentel] quisesse ter colocado o projeto para votar, já teria colocado”, observou.

OBemdito tentou contato durante toda a tarde desta terça-feira com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Umuarama (Sispumu), Lígia Strugala Bezera, para falar sobre o assunto. No entanto, a informação era de que ela estava em uma audiência trabalhista no fórum de Umuarama. O espaço segue aberto para as manifestações.

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