Umuarama

Manifestantes fazem protesto com cruzes em frente a Prefeitura de Umuarama

Um protesto contra os desvios de verbas do Fundo Municipal de Saúde de Umuarama e para homenagear as vítimas da Covid foi realizado no final da tarde desta quinta-feira (24) em frente a Prefeitura Municipal. Estava prevista uma carreata, saindo da Prefeitura e seguindo até a praça Miguel Rossafa, que acabou não acontecendo.

Cerca de 30 pessoas estiveram no local. No canteiro em frente ao Paço Municipal os manifestantes colocaram mais de 230 cruzes de madeira, com uma fita preta, simbolizando cada um dos moradores de Umuarama que morreu em decorrência do coronavírus.

Os integrantes do protesto colocaram uma faixa com a inscrição: corrupção mata. Os participantes cantaram o hino nacional e permaneceram no local por pouco mais de uma hora.

Estefano Demczuk, organizador do protesto, conversou com OBemdito. Ele disse que o principal objetivo foi não deixar cair no esquecimento a quantidade de mortes pela Covid que, segundo ele, são ocasionadas pelo desvio da verba que veio para a saúde.

No início de maio o Ministério Público do Paraná, através do Gaeco e do Gepatria, desencadearam em Umuarama a Operação Metástase. O trabalho investiga a atuação de uma organização criminosa suspeita de praticar os crimes de peculato e falsidade ideológica a partir de desvios na área da saúde no município de Umuarama, que podem somar R$ 19 milhões.

“Grande parte dessas mortes da Covid ocorreu pela falta de recursos, leitos, materiais e insumos. E essa falta, toda essa dificuldade que a saúde está passando hoje, provem do desvio de verba milionário que ocorreu na Prefeitura de Umuarama. Não podemos deixar isso passar impune, deixar que a população de Umuarama esqueça essas mortes. Aqui estamos representando cada um que morreu por falta de recursos, de atendimento, de dinheiro, pela irresponsabilidade dos nossos gestores”, disse Demzuck.

O organizador da manifestação ressaltou que “as cruzes simbolizam a vida das pessoas que perderam a vida em Umuarama. São mais de 230 óbitos. Queremos sensibilizar a população para que não esqueça disso. Hoje temos leitos lotados e pacientes mal assistidos, sem assistência médica adequada aos pacientes em Umuarama pela falta de dinheiro”.

Jaqueline Mocellin

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