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Liga investiga caso de racismo que teria sido registrado na final do handebol feminino no Joia

Um possível caso de racismo teria acontecido durante uma partida da final do handebol feminino no Jogos Inter Atléticas (Joia), […]

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Foto: Danilo Martins/OBemdito
Liga investiga caso de racismo que teria sido registrado na final do handebol feminino no Joia
Redação - OBemdito
Publicado em 16 de novembro de 2022 às 20h51 - Modificado em 17 de novembro de 2022 às 12h48
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Um possível caso de racismo teria acontecido durante uma partida da final do handebol feminino no Jogos Inter Atléticas (Joia), que aconteceu em Umuarama neste feriado prolongado (entre os dias 12 e 15 de novembro).

As informações são de que o fato ocorreu durante a partida entre as atléticas Raposa (Educação Física da Unipar) X Duemtios (Engenharias da UEM Umuarama), no Ginásio de Esportes Mário Oncken.

De acordo com o presidente da Atlética Raposa, Josemar Stabile, durante a partida, um torcedor da Duemtios, teria feito gestos racistas para uma das jogadoras. “Num primeiro momento a atleta comunicou a arbitragem e pediu para que o torcedor parasse”, afirma.

Stabile conta que assim que a partida foi reiniciada o torcedor voltou a imitar um macaco e apontar para a jogadora. “Retiramos a atleta de quadra, porque ela acabou passando mal, começou a chorar muito”, contou. Nesta quarta-feira (16) a Atlética Raposa registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Umuarama contra o torcedor que teria praticado os atos.

Nas redes sociais, a Liga das Atléticas de Umuarama (LAU), que organiza o Joia, divulgou um comunicado dizendo que “todas as medidas às quais nos cabem estão sendo tomadas” e que a Comissão Organizadora “além de não compactuar com tais atos, tem investigado incessantemente com a finalidade de punir os responsáveis sobre as agressões em questão”. A Assessoria de Comunicação dos Jogos ficou de divulgar uma nota oficial sobre o ocorrido no fim da tarde de hoje.

Também na rede social, Atlética Raposa afirmou que já está tomando todas as medidas necessárias judicialmente e que a atlética não vai “tolerar tais atos de agressão racistas”.

OBemdito não conseguiu contato com a diretoria da Atlética Duemtios. No entanto manteve conversa com o diretor do Campus da UEM de Umuarama, professor Olindo Savi, que disse que iria se inteirar dos fatos e daria um posicionamento oficial sobre a situação nesta quinta-feira (17).

NOTA DA DUEMTIOS

A Duemtios divulgou uma nota de esclarecimento em seu Instagram onde informa que “estão sendo colhidos os depoimentos dos envolvidos e de suas testemunhas, inclusive perante as autoridades policiais, para que sejam esclarecidos os fatos ocorridos no dia 15/11/2022, em jogo esportivo em que disputavam os times das atléticas da Engenharia UEM e Educação Física Unipar, onde houveram acusações de racismo envolvendo um integrante de nossa torcida”.

A nota segue: “A Atlética, reafirma o compromisso institucional com o enfrentamento e o combate ao racismo e a todas as formas de discriminação. Nossa história se alicerça e se constrói no respeito às diferenças e na integração e não admitiremos a exposição de qualquer pessoa a constrangimentos, injúrias e segregações, independentemente de quem as cometa”.

A Associação Atlética finalizou informando que “reforça sua posição de repudiar veementemente qualquer ato de racismo ou de preconceito contra quem quer que seja, oferecendo sempre apoio a vítima, e, no mais, aguardam maiores esclarecimentos dos envolvidos e das autoridades para que sejam tomadas as medidas cabíveis”.

NOTA DA UNIPAR

Já a Universidade Paranaense se manifestou através da coordenação do curso de Educação Física. Em nota o professor Pedro Pinheiro afirmou que a “Unipar prima pelos valores morais, indissociáveis à dignidade humana, sejam eles em ambientes esportivos ou não”

A nota diz que “Enquanto Instituição de Ensino Superior, a Unipar prepara seus acadêmicos e corpo técnico à repudiar, toda e qualquer forma de descriminação, independente de cor, raça, religião e orientação sexual. Primar pelo respeito, pela coletividade, pela ética e os valores humanos, é o nosso dever enquanto formadores”.

Ainda segundo a nota “assim, nos solidarizamos a aluna, como também, a nossa atlética para toda orientação necessária, e minimamente esperemos um pedido de desculpas formal do Curso de Engenharia da UEM, representado neste ato inaceitável e descabido por seus alunos”.

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