Umuarama

Acusado de tentativa de homicídio em 2019 vai a júri nesta sexta-feira em Umuarama

Acontece em Umuarama nesta sexta-feira (29) um tribunal do júri para analisar um crime de tentativa de homicídio. A sessão começa às 9h, no Fórum da Comarca de Umuarama.

O réu é Antônio Medeiros de Almeida, que está sendo acusado de tentativa de homicídio (art. 121 §2º, incisos II, IV e VI, c/c o art. 14, inciso II, ambos do Código Penal). O fato aconteceu no dia 12 de agosto de 2019, por volta das 2h50. A vítima é J.A.B., que na ocasião residia em um apartamento no Edifício Toronto, na Rua Ministro Oliveira Salazar, centro da cidade.

Consta nos autos que Antônio passou com sua motocicleta Honda Falcon em frente ao prédio da vítima e a viu, pela janela, na companhia de uma terceira pessoa. Conforme a denúncia do MP, “imbuído da intenção de matar… apontou a arma em direção à janela do prédio da vítima e desferiu-lhe 3 disparos de arma de fogo, sendo que um dos disparos transfixou o vidro da janela da sala do apartamento, atingiu o teto e após caiu no sofá, atingindo a vítima de raspão no braço”.

São apontados como agravantes o motivo fútil (ciúmes), mediante surpresa (o que impossibilitou qualquer defesa por parte da vítima) e por razões da condição de sexo feminino (sua ex-amante).

A denúncia ainda aponta que o acusado não conseguiu consumar um crime de homicídio qualificado “por circunstâncias alheias à sua vontade, em razão do seu erro de pontaria, não atingindo a vítima em partes vitais”.

Logo após a situação, a vítima acionou a Polícia Militar (PM). A equipe policial foi até a casa do suspeito e o encontrou. Ele confessou a autoria dos disparos e disse que o revólver utilizado se perdeu no caminho, quando teria caído da sua cintura.

Antônio foi preso, usou a tornozeleira eletrônica, mas atualmente se encontra em liberdade.

DEFESA

OBemdito conversou com a defesa de Antônio, que trabalha com a tese de que não houve tentativa de homicídio. A intenção é tentar a absolvição ou, pelo menos, a desqualificação do homicídio tentado para disparos de arma de fogo.

Conforme o advogado Felippe Augusto Carmelo Gaioski, um dos disparos penetrou a janela do apartamento, o que gerou a acusação de tentativa de homicídio. A defesa conseguiu, em primeiro grau, desclassificar esta acusação, entretanto, o Ministério Público recorreu e agora a decisão ficará ao cargo dos jurados.

O júri será presidido pelo Juiz da 1ª Vara Criminal de Umuarama, Dr. Adriano César Moreira. A acusação é do Ministério Público e a defesa estará a cargo do advogado Luciano Gaioski.

Jaqueline Mocellin

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