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Decisão liminar: Justiça revoga ordem de prisão contra dono do Grupo Cellshop

O Grupo Cellshop divulgou uma nota informando que a Justiça de Santa Catarina revogou a ordem de prisão expedida contra o empresário Jorbel Griebeler. Fundador e dono da Cellshop, no Paraguai, ele é suspeito de envolvimento em uma organização criminosa alvo de investigação por suposta fraude bilionária no e-commerce.

A nota de esclarecimento, divulgada pelo grupo neste sábado (18) informa que, por decisão liminar do Tribunal de Justiça/SC, ordem de prisão preventiva está revogada. Além disso, a Justiça suspendeu todas as medidas administrativas anteriormente impostas ao empresário.

Jorbel Griebeler recebeu recentemente uma homenagem na Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, com o título de cidadão honorário. A honraria levou em consideração o trabalho do empresário na construção de um império comercial na tríplice fronteira.

De acordo com a nota, “desde o início, a defesa tem reiterado que não há qualquer elemento concreto que vincule Jorbel ou o Grupo Cellshop a atos ilícitos, sendo a medida de prisão indevida e desproporcional diante da realidade fática do caso”.

Por fim, a nota explica que as atividades da empresa seguem normalmente e que a trajetória da companhia, de mais de 20 anos, sempre teve responsabilidade e seriedade. Confira abaixo a nota na íntegra:

Ordem de prisão contra dono da Cellshop

A Vara Estadual de Organizações Criminosas da Comarca da Capital de Santa Catarina expediu no dia 11 de setembro o mandado de prisão preventiva contra o empresário. Ele é investigado na operação Mercado de Pandora. A ordem, contudo, não foi cumprida, já que o empresário da Cellshop não foi localizado na ocasião.

Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou uma ofensiva no dia 16 de setembro. O Gaeco agiu em apoio à 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó – Promotoria Regional da Ordem Tributária. Ao todo, os agentes cumpriram 15 mandados de prisão preventiva44 de busca e apreensão em residências, escritórios contábeis e sedes de empresas fictícias, além de 69 ordens de bloqueio de bens e valores, que somam R$ 227,6 milhões.

Fraude bilionária no comércio eletrônico

De acordo com as investigações, a organização criminosa que incluiria o dono da Cellshop, se especializou em fraude fiscal e sonegação tributária no setor de e-commerce, sobretudo na venda de smartphones por marketplaces. O grupo supostamente utilizava empresas de fachada em nome de laranjas, conhecidas como “noteiras”, para emitir notas fiscais eletrônicas fictícias.

Após atingir grandes volumes de vendas, essas empresas eram rapidamente encerradas, dando lugar a novas, em um ciclo que dificultava o rastreamento e mantinha a evasão fiscal. O esquema teria gerado prejuízos estimados em R$ 45 milhões apenas em tributos estaduais, segundo o fisco de Santa Catarina.

Além de lesar os cofres públicos, a fraude criava concorrência desleal no setor varejista, mascarando receitas e ocultando patrimônio.

A “Caixa de Pandora” digital

O nome da operação remete ao mito grego da Caixa de Pandora, que ao ser aberta libertou todos os males do mundo, restando apenas a esperança. No caso, o “Mercado de Pandora” faz alusão a um ambiente digital aparentemente legítimo, mas que escondia um elaborado esquema de sonegação, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Segundo o Ministério Público, a investigação revelou que, apesar da sofisticação das manobras, os criminosos deixaram rastros digitais e contábeis que possibilitaram a atuação da inteligência policial.

Atuação interestadual

Os mandados foram cumpridos em cidades de Santa Catarina (Joinville, Mafra, São João Batista e Campo Erê), Paraná (Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Apucarana, Marmeleiro e São Jorge do Oeste), além de Maceió (AL), Limeira e São Paulo (SP).

Sigilo e próximos passos da operação que envolve dono da Cellshop

As investigações seguem em sigilo. Os envolvidos podem responder por organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

O Gaeco é coordenado pelo Ministério Público de Santa Catarina e reúne policiais civis, militares e penais, além da Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar.

A reportagem da Rádio Cultura Foz, primeira a divulgar a notícia, tentou contato com o empresário Jorbel Griebeler, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Empresário se manifestou em nota de esclarecimento

“Nos últimos dias, meu nome foi citado em investigações que ganharam grande repercussão. Quero ser claro: todas as acusações são infundadas e serão integralmente rebatidas pela Justiça.

Tenho ao meu lado uma equipe jurídica de alto nível, que já está atuando de forma incisiva para esclarecer os fatos e restabelecer a verdade.

Nada abalará meu compromisso com a transparência e com todos que confiam em mim. Esse momento, embora difícil, será superado. E, quando a verdade prevalecer, sairemos ainda mais fortes e resilientes.

Agradeço profundamente o apoio que tenho recebido.

Seguimos firmes, juntos.

Jorbel Griebeler

Cellshop Importados Paraguay
Cellshop Duty Free

Jaqueline Mocellin

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