Fotos: Divulgação
As professoras Silvana Cunha Bincoleto e Jéssica Mendes Brito, da Escola Municipal João Batista de Melo, em São Jorge do Patrocínio (PR), vêm desenvolvendo um projeto pedagógico que tem movimentado a comunidade escolar e espaços públicos do município. Intitulado Sementes do Amanhã, o trabalho resgata brincadeiras tradicionais da infância, bem como, promove reflexões sobre o papel do brincar no desenvolvimento integral das crianças.
Tudo começou dentro da escola, onde as professoras observaram primeiramente a necessidade de reconectar as crianças com experiências lúdicas e coletivas, em oposição ao uso excessivo de telas e à rotina acelerada. A proposta se firmou no resgate de brincadeiras clássicas como amarelinha, pião, pular corda, entre outras manifestações do brincar popular.
“A infância é um tempo precioso e brincar precisa ser reconhecido como parte fundamental da aprendizagem”, afirmaram as educadoras.
O projeto passou a ocupar os pátios escolares, com amarelinhas desenhadas no chão como símbolo e convite ao movimento. A atividade se estendeu também para fora dos muros da escola, chegando às calçadas de comércios locais, assim como, às praças públicas da cidade.
“Queríamos ampliar os espaços de convivência, de troca entre gerações, e trazer para a rua memórias que marcaram nossas próprias infâncias”, destacaram.
Mais do que uma simples atividade recreativa, o brincar é um direito garantido pela legislação como ferramenta de aprendizagem. De acordo com Silvana e Jéssica, os jogos e brincadeiras favorecem não só a socialização, mas também o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional das crianças.
“O brincar é essencial na construção do conhecimento. Quando a criança brinca, ela experimenta, testa hipóteses, desenvolve autonomia e criatividade. É uma forma legítima de aprender”, explicam.
O projeto ganhou adesão da comunidade. Comerciantes aceitaram a ideia de ter amarelinhas pintadas em frente aos estabelecimentos, enquanto moradores elogiaram a iniciativa por trazer mais cor e vida ao cotidiano.
“A gente percebe que os adultos também se emocionam. Muitos relembram a infância ao ver uma amarelinha desenhada no chão. Isso fortalece os vínculos entre gerações e ativa uma memória afetiva que estava adormecida”, compartilharam.
Com criatividade, afeto e compromisso pedagógico, o projeto Sementes do Amanhã mostra como a escola pode ser agente transformador não apenas do ambiente escolar, mas de toda a comunidade.
“A escola precisa ser esse espaço onde as memórias da infância são cultivadas e onde a aprendizagem acontece de forma significativa, conectada com o mundo real das crianças”, finalizaram.
O projeto idealizado por Silvana e Jéssica está entre os concorrentes do Concurso Agrinho 2025 — iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR) em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e com o Governo do Estado.
O programa que se destaca por promover a educação e a cidadania, atende escolas rurais e busca estimular a consciência ambiental e o senso de responsabilidade social entre crianças e adolescentes.
Com temas como saúde, segurança, meio ambiente e sustentabilidade, o Agrinho promove atividades educativas ao longo do ano e, como resultado, premia estudantes e professores que se destacam com projetos alinhados às propostas do programa.
Nesta edição, a expectativa é de que aproximadamente 1 milhão de alunos da rede pública e privada do Paraná participem das ações.
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