Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
O ex-advogado-geral da União Bruno Bianco confirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Jair Bolsonaro o questionou sobre meios jurídicos para reverter o resultado eleitoral de 2022. A declaração foi dada nesta quinta-feira (29), durante audiência no âmbito da ação penal que investiga uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder.
Bianco depôs como testemunha de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, que é réu no processo. Ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Bianco reconheceu a existência da reunião e relatou que Bolsonaro perguntou se havia algum “problema jurídico” que pudesse ser usado para contestar o resultado das urnas.
“Respondi que a eleição havia ocorrido de forma correta, sem qualquer falha jurídica”, afirmou Bianco. Ele destacou que, na sua presença, o ex-presidente demonstrou aceitar a resposta.
A reunião mencionada já havia sido citada em depoimento à Polícia Federal pelo ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior. Segundo ele, o encontro aconteceu em 1º de novembro de 2022 e contou com a presença dos comandantes das Forças Armadas e do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Bianco confirmou a participação de todos os comandantes — Exército, Marinha e Aeronáutica —, além de Nogueira. Disse, no entanto, não lembrar se Anderson Torres estava presente.
Nesta quinta-feira, também prestaram depoimento os ex-ministros Wagner Rosário (CGU) e Adolfo Sachsida (Minas e Energia). Ambos negaram que a reunião ministerial de 5 de julho de 2022 tenha tratado de temas golpistas. Rosário afirmou que se discutiram apenas fragilidades no sistema eletrônico de votação.
O ex-ministro da Economia Paulo Guedes foi dispensado pela defesa de Torres e não compareceu. A ação penal 2668 foi aberta após o STF aceitar parte da denúncia da PGR sobre o núcleo central da trama golpista. Bolsonaro e outros sete ex-ministros são réus.
As audiências começaram em 19 de maio e seguem até sexta-feira (30), quando devem ser ouvidas mais testemunhas, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes, e os ex-ministros Gilson Machado e Eduardo Pazuello.
As sessões ocorrem sob presidência do ministro Alexandre de Moraes, que proibiu gravações. A imprensa acompanha os depoimentos da sala da Primeira Turma do STF.
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