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Filhas cortam os cabelos e fazem peruca para a mãe que luta contra o câncer

Dona Elizete teve que passar por uma delicada cirurgia na Uopeccan e agora segue a luta contra a doença

Filhas cortam os cabelos e fazem peruca para a mãe que luta contra o câncer
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 28 de abril de 2021 às 21h49 - Modificado em 29 de abril de 2021 às 12h19
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A costureira Elizete de Assis Borges sempre foi o esteio da família. De um dia para o outro ela começou a se comunicar com dificuldade, usando repetições excessivas e frases desconexas. Os exames detectaram um grave tumor no cérebro e por causa do estágio avançado do câncer, não dava para esperar nem um minuto a mais.

Poucos dias após receber o diagnóstico, dona Elizete foi submetida a uma delicada cirurgia no Hospital Uopeccan, em Umuarama. A probabilidade de sequelas mais graves e até mesmo de não sair com vida era grande. Mas nada afetou tanto a mulher de 58 anos quanto a perda dos cabelos, que tiveram que ser raspados no preparo para a intervenção cirúrgica.

Foi quando a filha caçula, Tainá, teve a ideia de reunir as irmãs Tatiane, Viviane e Bruna para cortar os próprios cabelos e mandar confeccionar uma peruca para a mãe. Elas encontraram um profissional em Maringá e não pensaram duas vezes.

Para unir os fios lisos e cacheadas das doadoras, a solução foi um visual com luzes. A peruca chegou em uma caixinha dos Correios. Dona Elizete não acreditava no que estava vendo. 

“Ela chorou muito”, conta Tatiane. Segundo ela, a mãe ainda está se adaptando à mudança. “No início nós quatro pensamos em também ficarmos careca, mas a nossa mãe pediu para não fazermos isso. Então veio a ideia da peruca. Em cada fio de cabelo tem um pedacinho do nosso amor”.  

O pós-cirúrgico não está sendo fácil, mas a garra da dona de casa e costureira é o que alimenta as esperanças de cura entre os familiares e a grande legião de amigos. Os próprios médicos reconhecem a força de dona Elizete. “Só o fato de sair da cirurgia com vida já foi uma vitória. A chance (de sobreviver) era muito pequena porque se trata de um tumor muito agressivo”, relata Tatiana. 

Bruna é sobrinha biológica de dona Elizete, mas foi adotada como filha quando ainda era pequena. As duas moram na mesma propriedade rural, no distrito de Cedro, município de Perobal. “Ela é tudo para nós. Sempre nos guiou no melhor caminho. Ela vai vencer”, diz Bruna.

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