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Umuaramense que viajou para o 7/9 diz que só deixa Brasília após ministros do STF ‘pedirem o boné’

“O presidente só está dando um tempo para a poeira baixar. Nos próximos dias ele voltará ao ataque"

Manifestantes exibem faixas em que cobram o voto auditável impresso. FOTO: RÁDIO CULTURA FOZ
Manifestantes exibem faixas em que cobram o voto auditável impresso. FOTO: RÁDIO CULTURA FOZ
Umuaramense que viajou para o 7/9 diz que só deixa Brasília após ministros do STF ‘pedirem o boné’
Legare Filho - OBemdito
Publicado em 10 de setembro de 2021 às 11h55 - Modificado em 10 de setembro de 2021 às 17h20
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Na tarde da terça-feira, 7 de setembro, a grande maioria dos manifestantes que foram a Brasília expressar apoio ao presidente Jair Bolsonaro iniciou a viagem de retorno para casa. É o caso dos dezenas de umuaramenses que viajaram em ônibus oferecidos pela empresa Gazin ou por conta própria.

Mas o grupo não voltou completo. Maycon Fontana, 26 anos, segue na Capital, acampado na Praça dos Três Poderes, e diz que só retorna para casa depois da destituição do STF (Supremo Tribunal Federal). “Esses ministros têm que dar no pé, pedir o boné”.

Nem a fumaça do cachimbo da paz levantada por Bolsonaro nesta quinta-feira (9) foi capaz de demover o jovem de seus planos.

“O presidente só está dando um tempo para a poeira baixar. Nos próximos dias ele voltará ao ataque. É só uma questão de tempo, e eu estou aqui para isso. Eu acredito no presidente e não estou sozinho, porque tem muita gente, do Brasil inteiro, que não vai arredar o pé daqui”, afirmou.

Fontana disse ter sido acolhido por amigos que conheceu em Brasília, vindos de Foz do Iguaçu, no Paraná, e de Chapecó, em Santa Catarina. Todos dividem espaço em um motor home, onde dormem, se alimentam e tomam banho.

“A gente não está aqui somente a favor do presidente. Estamos lutando por liberdade, pelo respeito à Constituição. Muita gente que nos critica agora, lá na frente vai nos agradecer. Esse país tem que mudar”.

Maycon Fontana disse que cursou o ensino fundamental completo e que é pai de uma garotinha de 2 anos, mas não é casado. Não quis informar se tem trabalho fixo em Umuarama. “Posso dizer que tenho dinheiro para me manter aqui por um bom tempo. E, assim, como eu, muitos outros também tem”.

Os manifestantes que seguem na Esplanada estão em um acampamento nos moldes da “Semana Farroupilha”, com direito a costela de fogo de chão.

A Polícia Militar do Distrito Federal já fez várias tentativas para retirar as pessoas do local. Quarenta viaturas e vários caminhões do Corpo de Bombeiros auxiliam a corporação, conforme o site Metrópoles.

O prédio do STF, alvo dos protestos, é protegido por agentes da Polícia Federal. Na noite desta quinta, manifestantes tentaram passar a grade que limita o espaço da Praça dos Três Poderes e foram dispersados pelas equipes de segurança.

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