Cotidiano

Velório é interrompido após família acreditar que bebê mostrava sinais de vida

Durante o velório de uma bebê de quase nove meses, participantes da cerimônia relataram que a criança estava se mexendo e seu corpo permanecia quente, o que levou o Corpo de Bombeiros a ser acionado para levá-la de volta ao hospital. Ao chegar ao local, os socorristas transportaram a menina para nova avaliação, mas o óbito foi confirmado novamente pela equipe médica. Um vídeo registrou o momento da chegada dos bombeiros à Funerária São José, em Correia Pinto, na Serra de Santa Catarina.

A perícia conduzida a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que investiga possível negligência no atendimento médico, concluiu que não havia sinais vitais durante o velório. De acordo com o relatório pericial, não foram identificadas evidências de vida no corpo da criança. A análise foi feita com urgência e o laudo apontou causas para os sinais observados, como a percepção de batimentos, mas o conteúdo do documento permanece em sigilo por envolver uma menor de idade.

A Polícia Científica divulgou, em nota, que o laudo pericial foi finalizado no domingo (20) e reafirmou que as evidências de tempo de morte eram compatíveis com o horário registrado de óbito, às 3h17 do dia 19 de outubro, em ambiente hospitalar, descartando qualquer possibilidade de a criança estar viva horas antes de o exame pericial ser realizado.

Os bombeiros, ao examinarem o corpo durante o velório, relataram batimentos fracos e ausência de rigidez nas pernas, embora outros sinais, como pupilas contraídas e edemas no pescoço e atrás das orelhas, indicavam morte. O Ministério Público reforçou que o laudo técnico descartou a presença de sinais vitais no corpo durante o velório e confirmou que o óbito ocorreu por volta das 3h da madrugada de sábado, conforme o atestado de óbito.

“O documento permanece sob sigilo, mas o médico legista apresentou diversas explicações para a percepção de calor e a leitura de pulso e saturação pelo oxímetro durante o velório”, informou o MPSC. O órgão aguarda o resultado de um laudo anatomopatológico, que deve esclarecer a causa exata da morte e avaliar se houve negligência no primeiro atendimento médico. Esse laudo deverá ser concluído em até 30 dias.

Segundo relato do pai ao Ministério Público, a criança passou mal na quinta-feira (17) e foi levada ao hospital, onde recebeu diagnóstico de virose, aplicação de soro e medicação, sendo liberada em seguida. No sábado, após novos sintomas, a bebê foi novamente levada ao hospital, onde o mesmo médico atestou o óbito, declarando asfixia por vômito como a causa da morte. No entanto, a declaração de óbito oficial traz as causas como desidratação e infecção intestinal bacteriana.

A Prefeitura de Correia Pinto, responsável pela Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, manifestou-se em nota, prestando solidariedade à família e esclarecendo que a criança foi atendida por volta das 3h da madrugada de 19 de outubro. Mais tarde, por volta das 19h, os bombeiros levaram novamente a menina ao hospital, após relatos de sinais de saturação, mas o óbito foi confirmado pela equipe médica.

Redação

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