Família Lolli comemora colheita de seis toneladas de tomates do tipo uva e cereja
Investir em excelência na qualidade foi meta dos protagonistas, pai, mãe e filho; referência em diversificação, propriedade também produz brócolis, couve-flor, repolho e batata doce
Nos supermercados o vermelho intenso dos frutinhos chama a atenção, assim como o aspecto saudável, que atiçam nossas papilas gustativas. Sim, quem gosta de tomate vai me dar razão: os que carregam a marca ‘Agro Lolli’ tem muitas vantagens, que vão além do visual… São docinhos, de textura suculenta [saborosíssimos! bom destacar], resultado de um plantio feito com cuidados especiais, em estufa.
Nessa estufa, de 1,5 mil metros quadrados, foram plantados tomates, do tipo cereja [redondinhos, doces e suculentos] e grape [também docinhos, mas de formato alongado] e o italiano/saladete [de tamanho médio (uns 10cm), o mais indicado para molhos]. A boa safra, que chega agora na reta final, está sendo comemorada: seis toneladas.
Os donos da propriedade só contabilizam elogios. “Vendemos tudo em Umuarama; não temos tido nem uma dificuldade para conseguir entregar o produto e, pelo que vimos, nem os supermercados que compram estão tendo para revender, porque nosso tomate foi muito bem aceito!”, conta Aguinaldo Lolli, 55 anos, do distrito de Serra dos Dourados, de Umuarama.
Ele destaca que não dispensa uma boa adubação [líquida], por meio da irrigação por gotejamento: “Quanto mais bem feita a adubação, mais qualidade colheremos e melhor preço alcançaremos… simples assim”. Também faz questão da assistência técnica constante.
“No dia a dia buscamos consultoria de um engenheiro agrônomo e também participamos de eventos técnicos; recentemente participei da Hortitec, o maior encontro de horticultura da América Latina, em Holambra/SP… Se o produtor não correr atrás, não inovar, não vai pra frente.”
Quando o assunto é agricultura familiar, os Lolli ganham destaque em Umuarama. Aguinaldo coordena as lavouras que ocupam 19 alqueires com ajuda da esposa Rosana Siqueira Pinheira Lolli, 51 anos, e do filho Agnaldo Lolli Júnior, 29.
A Agro Lolli é uma das maiores produtoras de batata doce da região: por ano colhe 900 toneladas. “É o nosso carro-chefe”, afirma Aguinaldo, informando que também saem das lavouras, para supermercados da região, por ano, 50 mil brócolis, 50 mil de couves-flores e 20 mil de repolhos. “Geramos três empregados diretos e muitos outros indiretos”, comenta.
Rosana coordena a logística de embalagem. Num barracão os produtos são lavados e empacotados para seguirem, com mais segurança e qualidade, para o consumidor final. Com exceção da batata doce, tudo é colocado em bandejinhas de isopor, plastificado e rotulado. “Investimos nesse processo para agregar valor e obter mais competitividade no mercado”, afirma a produtora.
O filho, Júnior, graduado em Marketing, cuida, claro, do marketing da empresa agrícola. Também pensando em inovar, estabelecer uma relação com o cliente e comunicar os valores da Agro Lolli, ele alinhavou a ideia da criação da marca e a desenhou.
“A marca é importante para conectar o cliente ao produto; nós entregamos um produto de excelência, o cliente percebe, reconhece e volta a consumi-lo… Além de garantir essa continuidade, por ela, nós expressamos os valores do nosso produto”, argumenta. E reforça: “Meu pai capricha na adubação e em outros cuidados; ele segue à risca todas as recomendações! O resultado só poderia ser este, mesmo, o de satisfação plena!”
De pai para filho e para neto
Júnior faz parte da terceira geração dos Lolli em Serra dos Dourados. O primeiro a experimentar a pujança daquelas terras foi o avô Mauro Lolli, 77 anos, que mora numa chácara, ao lado da propriedade do filho. “E ele ainda trabalha, viu? Planta, colhe, põe na ‘saveirinho’ dele e sai para vender pelas ruas”, conta Aguinaldo, rindo.
Acreditando no potencial da região, Aguinaldo optou por ficar por ali, também: “Sou agricultor por vocação, gosto da minha profissão; comecei do nado, mas tinha vontade de vencer, tinha sonhos, que, felizmente, foram também abraçados pela minha mulher, me sempre me ajudou muito… e para aumentar minha satisfação, meu filho ficou trabalhando com a gente”, orgulha-se.
Ele também conta que a propriedade é pequena, mas consegue tirar dela uma boa remuneração: “A rotina é puxada: acordamos umas 5h30 e tocamos até o fim do dia; lavoura dá um trabalho danado, mas é recompensador! Tudo aqui a gente faz com prazer! Mesmo depois de muitos anos fazendo a mesma coisa, a gente se encanta com o que colhe!”.
Para não cair na tentação de só trabalhar, trabalhar, a família segue um cronograma dos plantios para poder ter férias no final do ano. “Isso é sagrado: gostamos de viajar, passear”, assegura o produtor, demonstrando firmeza nas alegações e uma fé impressionante em relação ao valor do seu trabalho. “Muito me honra esta oportunidade de poder participar ativamente do agronegócio, produzindo alimentos para tanta gente! É extremamente gratificante!”