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Jaqueline Mocelin Publisher do OBemdito

Promotores de Justiça rebatem teses utilizadas pela defesa de Jean Michel

Integrantes do MP argumentaram que uma das táticas da defesa foi apontar falhas que a perícia e a polícia teriam cometido no inquérito

Foto: Colaboração/OBemdito
Foto: Colaboração/OBemdito
Promotores de Justiça rebatem teses utilizadas pela defesa de Jean Michel
Jaqueline Mocelin - OBemdito
Publicado em 2 de março de 2024 às 20h43 - Modificado em 3 de março de 2024 às 00h09
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Por volta das 18h40 deste sábado (2) teve início a fase de debates do julgamento de Jean Michel de Souza Barros, no Tribunal do Júri do Fórum de Umuarama. O réu é acusado de ter cometido triplo homicídio no dia 8 de agosto de 2021. O crime vitimou sua esposa, a advogada Jaqueline Soares, 39 anos, e os pais dela, Helena Marra, 59 anos, e Antônio Soares dos Santos, 65 anos.

A acusação começou a fase de debates, com possibilidade de argumentar por até 2 horas. O trabalho foi realizado pelos promotores de Justiça João Batista e Marco Felipe Torres Castello. Os primeiros minutos foram usados com uma narrativa, similar a uma carta, como se esta tivesse sido escrita por Jaqueline relembrando a vida do casal e momentos felizes. Porém, a “carta” termina com o momento em que o esposo teria cometido o crime, ceifando sua vida.

A dupla da acusação rebateu vários argumentos da defesa e a tese utilizada para inocentar o acusado. Entre esses argumentos estão que a polícia e a perícia teriam cometido falhas no inquérito e nos laudos.

O promotor João Batista ressaltou que o principal interesse de todos é que a justiça seja feita e que toda a base da defesa durante o julgamento foi alegar que foram fraudadas provas, colocando em dúvida todo o processo “Mas o Ministério Público não tem dúvidas de que Jean Michel é culpado”, disse.

O representante do MP ainda falou que não há como refutar os elementos de prova e que é “injusto taxar a polícia como partícipe” do caso. “Parece que o crime é uma conduta lícita e investigar é que é ilícito”, afirmou.

João Batista ressaltou que a acusação acredita que Jean Michel mentiu quando afirma que não saiu de casa após às 17h. “O celular saiu voando em uma vassoura, como se fosse uma bruxa?”, disse, se referindo ao fato de que a polícia utilizou o rastreamento do Google para verificar o percurso que o réu teria percorrido para dispensar os celulares dos sogros em um bueiro.

O promotor Marco Felipe fez o debate usando o chinelo, causa de grande debate durante todo o julgamento. Ele falou sobre a postura fria de Jean Michel, inclusive durante os três dias de julgamento. “Ao Ministério Público não cabe apenas pedir para fazer a justiça, mas também lutar em prol da memória e do respeito às vítimas e seus familiares”.

Os promotores utilizaram as duas horas para argumentar.

O próximo passo do julgamento será o debate da defesa do acusado, que deve começar por volta das 22h.

Confira aqui a fase anterior do júri.

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