Foto: Observatório Heller & Jung/Divulgação

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Superlua Azul vai iluminar o céu na quarta-feira, com melhor horário de visibilidade às 22h35

O satélite natural estará 7% maior devido à sua proximidade com a Terra e 15% mais brilhante

Foto: Observatório Heller & Jung/Divulgação
Superlua Azul vai iluminar o céu na quarta-feira, com melhor horário de visibilidade às 22h35
Redação
OBemdito
30 de agosto de 2023 10h45

Quarta-feira (30) será dia de Superlua azul. Nesta data, a lua estará maior e mais brilhante, pois estará no perigeu, ponto da órbita de máxima aproximação da Terra, a uma distância de 357.344 quilômetros do planeta. Em média, a distância entre a Terra e a Lua é de cerca de 384.400 quilômetros.

Segundo os astrônomos, ela estará 7% maior devido à sua proximidade com a Terra e 15% mais brilhante, pois reflete mais luz solar para o nosso planeta, se comparada a uma lua cheia comum. Vale a pena ressaltar que a próxima superlua azul acontecerá só daqui a 11 anos, em 2032, de acordo com a Nasa.

O melhor horário para visualização será às 22h35 (horário de Brasília).

É a segunda lua especial do mês de agosto, o que também é uma raridade. No dia 1 de agosto, foi a vez da superlua.

Lua Azul e Superlua não são definições científicas

Conforme explica a Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao MCTI – os termos “lua azul” e “superlua” não são definições científicas.

O termo “superlua”, por exemplo, foi criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Na revista periódica americana Dell Horoscope, que não existe mais, ele escreveu que receberia o selo “super” uma lua cheia que ocorre com a lua no perigeu ou até 90% próxima desse ponto. Não está claro por que ele escolheu o corte de 90% em sua definição.

Como o termo não é originalmente científico, instituições astronômicas podem divergir sobre a distância da Lua em relação à Terra que caracteriza a superlua.

Josina explica que a superlua, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. No entanto, em alguns casos, a distância Terra-Lua é menor do que em outros. Isso ocorre porque a órbita da lua não é circular, mas sim elíptica.

Portanto, em sua trajetória ao redor da Terra, a lua fica ora mais próxima, ora mais afastada. Quando o satélite se encontra no ponto da órbita mais próximo em relação à Terra, está no perigeu. Por outro lado, quando está no ponto da órbita mais afastado da Terra, a lua está no apogeu.

“Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que outras luas. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta”, destacou Josina.

A astrônoma explica que todas as luas cheias nascem no horizonte (a leste), quando o sol se põe (a oeste), e se põem (a oeste) quando o Sol nasce (a leste), portanto é possível ver a Lua durante toda a noite e de qualquer lugar do país.

Uma boa hora para observar a superlua é quando ela estiver mais próxima do horizonte, logo após o pôr do sol ou no dia seguinte antes do nascer do Sol. Nessa posição a lua parecerá ainda maior e poderá apresentar belas variações de tonalidade, devido às partículas suspensas na atmosfera.

“O evento de uma superlua atrai ainda mais os olhares para o céu nos ajudando a divulgar e popularizar a ciência. E, além disso, é um evento que pode ser visto por muitas horas (durante toda a noite), de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa porque é visível a olho nu, ou seja, sem o uso de qualquer instrumento”, informa Josina.

(Reportagem: Bem Paraná, com edição)

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