Umuarama

Falta de informação dos beneficiários paralisa entrega dos cartões Comida Boa em Umuarama

Apesar de não haver dados precisos, já que os números variam de um mês para outro, até esta sexta-feira (17), 1046 cartões do Programa Comida Boa, do governo do Estado, ainda não haviam sido retirados na Secretaria de Assistência Social do município. O programa, que foi criado em 2021, como forma de amenizar os reflexos econômicos causados pela pandemia de Covid-19, destina R$ 80 mensais para as famílias mais vulneráveis comprarem alimentos.

Ao todo estimasse que Umuarama já tenha recebido cerca de 2 mil cartões, no entanto, grande parte deles, acabam não sendo retirados pelos usuários que teriam direito. Isso acontece porque muitas pessoas não sabem que foram beneficiadas. Da mesma forma que muitas pessoas não vão buscar o cartão, muitas outras reclamam que teriam direito mas não recebem o benefício.

A chefe da Divisão de Proteção Social Básica do município, Dayanne Demozzi, explica que a escolha das pessoas contempladas é feita através da base de dados do Cadastro Único do governo Federal que serve para identificar e conhecer as pessoas e famílias mais vulneráveis do país.

Atualmente 28 programas federais utilizam a base do Cadastro Único para a gestão de suas ações, entre eles o Programa Auxílio Brasil, o Benefício de Prestação Continuada, a Tarifa Social de Energia Elétrica, o Criança Feliz, além do Programa Comida Boa do governo do Paraná.

“Esse Cartão Comida Boa é para famílias que tenham renda per capita de até R$ 200, e que não recebam qualquer outro benefício, como o Auxílio Brasil, por exemplo”, afirma ao detalhar que a manutenção do benefício vai depender da situação financeira mensal da família, ou seja, se a renda per capta aumentar de um mês para outro, o benefício é suspenso.

O Cadastro Único é um sistema autodeclaratório, onde a pessoa conta a sua situação e assina um documente confirmando que o que disse é verdade.

Programa Comida Boa

O Comida Boa é um benefício de transferência de renda estadual. O programa tem por finalidade contribuir com a segurança socioassistencial de sobrevivência e renda das famílias em situação de vulnerabilidade social.

O benefício é concedido através de cartão magnético, que tem recarga mensal no dia 25 de cada mês, no valor de R$ 80,00. O recurso pode ser utilizado diretamente em supermercados, mercados, empórios e assemelhados credenciados.

Como saber se foi comtemplado

Para saber se o Cartão Comida Boa está disponível, o cidadão que tem o seu castro no Cadastro Único deve acessar o site https://www.justica.pr.gov.br/ComidaBoa e consultar a disponibilidade do cartão através do seu CPF.

Caso o cidadão se encaixe nas condicionalidades, mas não tenham acesso a internet, deve ir até a Secretaria de Assistência Social ou ao Cras (Centro de Referência da Assistência Social) mais próximo de sua casa para fazer a consulta.

A Secretaria de Assistência Social está localizada na Rua Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa, s/n, Zona 1, onde era o antigo Fórum. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h30.  O telefone para contato é o (44) 3906-1020.

Renda per capita em Umuarama

Quando se observa os números de cartões do Programa Comida Boa disponíveis para Umuarama, salta aos olhos o número de famílias, que de acordo com as condicionalidades do programa estariam vivendo com menos de R$ 200 per capita por mês. Mas os números podem ser ainda maiores.

“Estamos em um processo de mapeamento da cidade justamente para fazer um levantamento de quem são essas pessoas que estão vivendo na extrema pobreza, porque muitos não possuem acesso a nenhum benefício” pontua Dayanne Demozzi.

Rodrigo Mello

Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário de Pato Branco (Unidep), tem especialização em Docência e Gestão do Ensino Superior pela Universidade Paranaense (Unipar). Com 23 anos de experiência, trabalhou em portais de notícia, assessoria de imprensa, TV e rádio. Foi assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e secretário municipal de Comunicação entre os anos de 2010 e 2013. Atualmente, é jornalista no portal OBemdito, onde escreve sobre política, educação, saúde, cidadania e segurança pública.

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