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Médico alerta que as hepatites virais podem matar e a prevenção é o melhor remédio

Dr. Ricardo Delfini Perci, atua no Ambulatório de Infectologia já há 15 anos, fala sobre as doenças

Foto: Arquivo
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Médico alerta que as hepatites virais podem matar e a prevenção é o melhor remédio
Redação - OBemdito
Publicado em 27 de julho de 2022 às 19h40 - Modificado em 28 de julho de 2022 às 08h09
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O vírus da hepatite é conhecido desde 1964 e é altamente infeccioso, podendo, em muitos casos, ser fulminante, levando até 80% dos pacientes a óbito. Assim como câncer e outras infecções, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para a recuperação do paciente.

Informações assim estão sendo levadas à população durante todo este mês, quando o Ambulatório de Infectologia de Umuarama desenvolve o Julho Amarelo, em alerta sobre o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, comemorado nesta quinta-feira (28 de julho).

O médico infectologista da Secretaria Municipal de Saúde, Dr. Ricardo Delfini Perci, atua no Ambulatório de Infectologia já há 15 anos, destaca que os profissionais da área de saúde são considerados ‘de alto risco’ para o vírus HVB, pois estão mais expostos ao sangue contaminado.

“Porém, qualquer pessoa – com idade entre 0 e 49 anos – pode tomar vacina contra hepatite B, que estão disponíveis nas unidades básicas de saúde do município. São necessárias três doses”, indica, alertando que contra a hepatite C não há vacinas.

Dr. Perci comenta que por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhece ter a infecção. “Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do órgão”, adverte.

A coordenadora do Ambulatório de Infectologia, Maria de Lourdes Gianini, relata que de janeiro até agora, 7 pessoas de Umuarama foram diagnosticadas com alguma forma de hepatite e recebem acompanhamento clínico.

Foto: Assessoria PMU

“Tivemos um caso de hepatite C, um homem de 50 anos. Já os casos confirmados de hepatite B foram em duas mulheres, uma com 56 e outra com 42 anos, e cinco homens, com idades de 27, 30, 39, 44 e 54 anos. Aqui [no Ambulatório] esses pacientes são atendidos de forma integral, ou seja, recebem informações, medicamentos, exames laboratoriais, são consultados, são acompanhados por equipe multiprofissional”, relata.

Segundo ela, no ano passado 20 pessoas de Umuarama foram diagnosticadas com hepatite B e outras quatro com hepatite C.

“A hepatite é evitável, tratável e, no caso da hepatite C, curável. No entanto, mais de 80% das pessoas que vivem com hepatite carecem de serviços de prevenção, testagem e tratamento, por isso estamos sempre realizando ações para chamar a atenção da população”, observa, acrescentando “que o ideal é que todas as pessoas deveriam ser testadas pelo menos uma vez na vida. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente”, finaliza.

Toda atenção às hepatites

O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, comemorado em 28 de julho, foi criado em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo, causando 1,4 milhão mortes por ano. É a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas depois da tuberculose, e 9 vezes mais pessoas são infectadas com hepatite do que com o HIV”, alerta a coordenadora do Ambulatório.

O médico infectologista, Dr. Ricaro Delfini Perci, fala sobre hepatites:

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(Assessoria PMU)

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