Agentes do Gaeco em cumprimento de mandados de busca e apreensão no dia 5 de maio, quando a Operação Metástase foi deflagrada em Umuarama (FOTO: DANILO MARTINS/OBEMDITO)
A fase de instrução do processo dos 11 réus da Operação Metástase está concluída. Todas as testemunhas apresentadas pela defesa e pela acusação já foram ouvidas. O passo seguinte do julgamento será o interrogatório dos 11 réus, marcado para os dias 8 e 9 de fevereiro, por vídeoconferência.
Os réus são: André Buratti, Cecília Cividini Monteiro da Silva, Daniela de Azevedo Silva, Ermes Correa Almeida, Guilherme Roberto Pereira, Heber Lepre Fregne, José Cícero da Silva Laurentino, Lucia Sampaio Dias, Pedro Arildo Ruiz Filho, Renata Figueiredo Campagnole de Oliveira e Valdecir Miester.
O prefeito afastado Celso Pozzobom também é réu no processo, mas como tem foro privilegiado, pelo cargo para o qual foi feito, ele responde ao Tribunal de Justiça do Paraná, em Curitiba.
A decisão sobre a data do julgamento foi anunciada nesta sexta-feira (10) pela juíza de direito substituta Maristela Aparecida Siqueira D’Aviz. Ela também determinou a transferência de Valdecir Miester para um presídio do Paraná, provavelmente Campo Mourão, onde estão os outros réus da operação.
Desde o dia 5 de maio, quando a Metástase foi deflagrada, Miester está no Presídio da Papuda, em Brasília. O advogado do ex-assessor parlamentar alega dificuldade para se comunicar com o cliente, o que é imprescindível para a defesa, desde a data da prisão.
O advogado também se mostra preocupado com o tratamento que o cliente vem recebendo no presídio, por parte de agentes do Depen (Departamento Penitenciário).
Há poucos dias, conforme documento de representação da defesa obtido por OBemdito, Miester teria sido agredido e torturado dentro da cadeia após fazer uma reclamação ao advogado, no parlatório (local onde os presos recebem visitas).
Valdecir Miester é considerado pelo Ministério Público o operador dos desvios milionários de recursos do Fundo Municipal de Saúde, em Umuarama, que resultaram na Metástase. A se confirmar, este será o maior esquema de corrupção de recursos públicos que se tem notícia, na história do município.
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