Verão aumenta risco de atropelamentos de animais silvestres nas rodovias

Foto: Denis Ferreira Netto/Sedest

Com a chegada do verão, o fluxo de veículos nas rodovias cresce de forma expressiva. Ao mesmo tempo, aumenta o risco de atropelamentos de animais silvestres. Por isso, o Instituto Água e Terra, o IAT, divulgou orientações para quem vai pegar a estrada.

Segundo o órgão ambiental, a combinação entre tráfego intenso e deslocamento da fauna exige mais atenção dos motoristas. Além disso, muitos animais cruzam as pistas em busca de alimento, água ou abrigo. Assim, tornam-se mais vulneráveis a acidentes.

De acordo com o IAT, a presença de animais nas rodovias indica a riqueza ambiental do entorno. Portanto, a sociedade precisa proteger esse patrimônio. A médica veterinária da Gerência de Biodiversidade, Letícia Koproski, reforça a importância da responsabilidade coletiva.

“A presença de animais silvestres nas estradas é um indicativo da riqueza ambiental do entorno, e que deve ser protegida por todos”, afirma. Além disso, ela destaca que atitudes individuais fazem diferença. “Viajar com atenção, respeito e consciência ambiental é uma escolha que protege vidas humanas e preserva a riqueza natural dos nossos caminhos”, completa.

Dirigir com prudência é a principal recomendação. Portanto, o motorista deve respeitar os limites de velocidade. Além disso, o motorista deve manter atenção redobrada. Esse cuidado se torna ainda mais importante próximo a áreas preservadas.

Rodovias próximas de parques estaduais, Unidades de Conservação, rios e áreas de mata merecem alerta especial. Esses locais funcionam como corredores naturais. Assim, concentram o deslocamento de animais silvestres.

Outra orientação relevante é optar por viagens durante o dia. Nesse período, a visibilidade é maior. Além disso, animais de grande porte costumam estar menos ativos. Dessa forma, o risco de atropelamento diminui.

Também é essencial não descartar lixo ou restos de comida às margens das rodovias. Esses resíduos atraem animais. Consequentemente, elevam o risco de acidentes graves.

Animal silvestre na pista

Caso um animal esteja na pista, o motorista deve manter a calma. Em seguida, deve reduzir a velocidade de forma segura. No entanto, não se deve desviar bruscamente. Essa atitude pode causar perda de controle do veículo.

Se for necessário parar, a orientação é usar o acostamento. Além disso, o pisca-alerta deve permanecer ligado. Ao mesmo tempo, é preciso atenção constante ao tráfego.

Ao encontrar um animal ferido, o recomendado é acionar ajuda imediatamente. O motorista pode entrar em contato com a concessionária da rodovia. Também é possível ligar para a Polícia Militar do Paraná, Polícia Rodoviária Federal ou o IAT.

Quanto mais informações o cidadão repassar, melhor será o atendimento. Portanto, é importante informar a localização exata e o estado do animal. Se for seguro, fotos também ajudam no resgate.

Segundo Letícia Koproski, os registros têm impacto a longo prazo. “O registro dessas ocorrências é fundamental, pois auxilia no planejamento de medidas de mitigação”, explica. Entre elas, estão sinalizações e passagens de fauna.

Por fim, a veterinária alerta para um cuidado essencial. Não se deve tocar, se aproximar ou tentar resgatar animais silvestres. Eles podem transmitir zoonoses ou reagir de forma agressiva. O risco é maior com serpentes. “Também não se deve levar o animal para casa ou para qualquer outro local”, reforça. “Essa prática é ilegal e pode agravar o estado do animal, além de colocar pessoas em risco”, conclui.