Paraná

Maquiadora que venceu o câncer de mama inspira outras mulheres através das redes sociais

Desde pequena Elisangela Granzotto gostava de maquiagem. Zapeando pela TV, ela procurava canais onde passavam reportagens sobre o assunto. O hobby virou profissão quando ela se mudou de Santa Isabel do Ivaí, na região Noroeste, para Curitiba.

Na Capital do Estado ela fez um curso e começou a trabalhar em salões conceituados. Depois, retornou ao interior e após passar por várias cidades chegou em Umuarama.

A maquiadora tem 41 anos, é casa e mãe de uma menina de sete anos. Em maio do ano passado, em meio à incerteza da pandemia da Covid-19, Elisangela passou por um dos momentos mais difíceis da vida.

Durante uma brincadeira com a filha, a criança bateu a cabeça contra o seio da mãe, o que causou uma dor desproporcional ao impacto. Enquanto tocava o local, a maquiadora sentiu um carocinho e por orientação da cunhada marcou uma consulta para verificar.

A consulta foi feita com uma médica de confiança, em Umuarama. A profissional já atendia Elisângela, que teve que teve uma gestação de risco e infelizmente perdeu o bebê. Do atendimento, foram pedidos mais exames e houve o encaminhamento para um médico oncologista.

Quando saíram os resultados, os médicos pediram uma biópsia e, apesar do cenário pandêmico – ressaltaram a necessidade de que fosse feita urgentemente.

Foto: Danilo Martins/OBemdito

O RESULTADO

Elisângela estava sozinha no consultório médico quando recebeu o diagnóstico: câncer de mama.

“Quando ele falou eu fui para outro planeta. Só ouvi ‘câncer’, e comecei a chorar”, lembra. Recomposta, ela chegou em casa – a essa altura já tinha saído de Umuarama para Cidade Gaúcha, por causa do trabalho do marido – e deu a notícia para a família.

O suporte foi imediato, mas a maquiadora lembra do medo que sentiu por causa da filha, que à época tinha 7 anos. “Eu lembro que dias antes ela tinha me dito que ela viu um vídeo na internet sobre uma menininha que a mãe tinha morrido de câncer. Eu pensei na hora: meu Deus, e se eu morrer?”.

O primeiro passo foi retirar o tumor, que estava maior desde o dia em que Elisângela o sentiu pela primeira vez. O procedimento ocorreu na Uopeccan, onde durante longos oito meses posteriores, ela enfrentaria radioterapia e quimioterapia.

O SONHO

No hospital Uopeccan de Umuarama há um sino, que é tocado quando um paciente termina o tratamento.

Este era o desejo de Elisângela. Tocar o sino. Antes deste dia chegar houve desconforto, dores, náuseas e a queda dos cabelos.

Elisângela sempre teve um cabelão. Além disso, como trabalha no ramo da beleza, batom, lápis, rímel, blush (etc., etc.) são itens essenciais para ela.

No entanto, a quimioterapia é um tratamento agressivo, que tem efeitos colaterais que impactam na aparência física de quem enfrenta o câncer.

No caso de Elisângela, sobrancelhas, cílios e cabelo caíram. “Com 12 dias eu já estava sem cabelo. O meu marido falava para cortar antes, mas eu não estava preparada ainda. Antes de começar o tratamento, eu deixei mais curto, só que quando cai mesmo, é um baque muito grande”, conta Elisângela.

Foto: Danilo Martins/OBemdito

INSTAGRAM

“Quando eu recebi a notícia, pedi força para Deus para enfrentar isso da melhor maneira e os médicos sempre diziam que, quando descoberto no começo, as chances de cura são altas” (no caso dela, 95%).

Além do suporte da família e a força da fé, através das redes sociais Elisângela compartilhou alguns posts sobre o enfrentamento da doença. O resultado foi uma enxurrada de mensagens de apoio e também de outras pacientes oncológicas, que se inspiravam nos looks para manter a autoestima em dia.

“Essa doença acaba com toda a vaidade que você tem e a maquiagem foi muito importante para mim. Nas redes sociais eu sentia muito apoio. Parecia que não era nada postar, mas eu ajudei muita gente e muita gente me ajudou”.

Foto: Danilo Martins/OBemdito

O SINO

Finalmente chegou o dia tão importante: a última sessão de quimioterapia. Depois da conclusão, Elisângela foi presenteada com cartas do marido e da filha, flores e outros mimos de amigas que acompanharam o tratamento.

Neste 2021 sua história serve de inspiração e alerta para que as mulheres realizem o autoexame e visitem o médico com frequência, não somente. Tanto que, quem passa pelo lago Aratimbó, em Umuarama, pode ver o outdoor com a foto da maquiadora, que é uma das embaixadoras da campanha Outubro Rosa, da Uopeccan.

Para saber mais sobre a história de Elisângela basta clicar aqui e seguir o Instagram.

Aline Reis

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