Em tempo em que o bem-estar físico e mental se torna prioridade, a equitação surge como uma prática que une aprendizado, saúde e diversão - Fotos: Graça Milanez/OBemdito
Não é de hoje que sabemos que andar a cavalo faz bem; e por isso reafirmar que existem bons motivos para praticar a equitação é mesmo a intenção de OBemdito, que foi conferir uma das escolas mais bem equipadas da região: a Reguigá. Instalada a poucos quilômetros do centro de Umuarama, em um cenário que mescla a tranquilidade do campo com a proximidade urbana, tem conquistado adeptos de diferentes idades.
São mais de 70 alunos na escolha de equitação que usufruem da oportunidade de aprender as técnicas de montar em cavalo, num belo espaço, com uma vista privilegiada dos prédios da cidade. Lá, todos recebem mais do que aulas de equitação. Muitos valorizam, principalmente, a experiência pelo bem-estar que proporciona. Ou seja, equitação não é glamour e não é só esporte, é método terapêutico reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina desde 1997.
“Daqui saio leve”, exclama o estudante de engenharia agronômica Vinicius Blasques, 25 anos, que faz aulas há três meses. Ele sofre de transtorno de ansiedade e diz que gastava muito com psicoterapia: “Vim para ver se melhorava. E melhorei bastante! Reduzi as idas ao terapeuta em oitenta por cento depois que comecei na equitação; esse lugar é maravilhoso!”.
Mãe e filhas também estão curtindo as aulas na escola de equitação. Serena, 5 anos, e Catarina, 10, começaram praticar e influenciaram a mãe, Bruna Mazzorana, 31 anos, a aderir. “Eu venho pela terapia, para relaxar; elas, porque gostam de cavalo, de rodeio… Além de aprenderem um esporte e exercitar a convivência em grupo, ficam longe das telas do celular, do computador, o que é muito bom, também”, enfatiza Bruna.
Yasmim Mayumi, 15 anos, diz estar realizada. Ela faz aulas há um ano e meio. “Minha vó tem sítio e tem cavalo; vim para aprender certinho as técnicas de me equilibrar e dominar o animal, mas logo me interessei por competição em provas de três tambores; já tenho um troféu e duas medalhas”, conta, toda feliz.
Do mesmo modo, a mãe dela, Rosangela Karina Laverdi, 46 anos, também pratica. “Estar aqui é muito prazeroso! A relação com o cavalo exige calma e atenção, o que nos faz esquecer a correria do dia a dia; e mais: o ambiente é agradável e familiar… É excelente!”, assegura. E recomenda para crianças e jovens: “Não é só montar, é arrear o cavalo, é dar banho nele, assim como dar um biscoito para agradá-lo… É um conjunto de aprendizado que acrescenta, e muito, a formação de cada um”.
Outro que se orgulha, ainda mais, dos resultados que vem alcançando é o menino José, 8 anos. Ele conta, todo entusiasmado, que já conquistou duas vitórias em quatro das provas (de três tambores) que participou: “Numa delas ganhei R$ 432; meu pai sacou o dinheiro e eu coloquei no meu cofrinho”.
Assim como o filho, a mãe comemora as vantagens. “Nas aulas ele treina concentração, aprende a respeitar regras, os amigos e, além disso, gasta energia”, diz Marília Sapia, 35 anos, que, com a mesma intenção, colocou também a filha Ana Maria, 11 anos, na escola. “Tem sido bom para a família toda!”, salienta.
O proprietário da escola, Guilherme Custódio, 42 anos, médico veterinário, destaca que a prática da equitação é reconhecida por promover melhora da postura e fortalecimento muscular, bem como o aumento da coordenação motora. Além disso, o contato com os cavalos favorece o desenvolvimento da paciência e da autoconfiança.
“Para muitos praticantes, os minutos passados em cela não são apenas um exercício físico, mas uma oportunidade de desacelerar e reconectar-se consigo mesmos”, argumenta, informando que se dedica integralmente ao negócio, procurando sempre inovar.
A escola, que se destaca pela infraestrutura acolhedora, conta com uma pista 100×50 [dentro das normas oficiais] e 15 cavalos quarto de milha à disposição dos alunos, que são de Umuarama e cidades vizinhas [Douradina, Cruzeiro do Oeste, Maria Helena, entre outras]. Eles podem optar por aulas uma ou duas vezes por semana, nos períodos manhã ou tarde ou noite.
E diz também que o instrutor da escola é especializado, garantindo segurança e aprendizado eficiente para iniciantes e praticantes experientes: “A escola atende desde crianças até adultos, adaptando as aulas conforme os objetivos de cada aluno, seja para lazer, esporte ou terapia… Nós temos um aluno de três anos; é o nosso caçula, que, pela idade, recebe treinamento específico… no caso, é só ele e o treinador”.
Segundo Custódio, que é filho de agropecuaristas, o principal objetivo da escola é proporcionar uma experiência completa: “Aqui o aluno aprende a montar, encontra incentivo para competir, se quiser, mas também conhece os cuidados com os cavalos e a importância do respeito à natureza; isso para nós é o mais importante”.
A esposa de Custódio, Grasiela Custódio, 46 anos, cuida do setor administrativo da escola. Os três filhos deles – Manuela, 13 anos, Mariana, 10, e Miguel, 8 – fazem aulas e treinam para competições. “Eu também treinava… Comecei ainda criança, fazendo três tambores e baliza, depois fui para o laço em dupla, mas tive que parar por causa de um problema no ombro… Hoje só monto por lazer”, declara o médico veterinário.
Para ele, o sucesso da escola se deve ao fato, também, de Umuarama polarizar uma região eminentemente ‘agro’, onde todo ano acontece uma das feiras agropecuárias mais importantes do Estado, a Expo Umuarama. “É um evento que atrai muita gente e, com seus torneios e rodeios, por exemplo, incentiva a prática desse esporte”, justifica Custódio.
Quem comanda os treinos na escola de equitação Reguigá é Wilson Sanches, nome conhecido nessa área, onde atua há 40 anos, treinando, competindo e acima de tudo, ensinando e motivando. “Minha experiência começa quando criava cavalos… Fui um dos primeiros a criar quarto de milha na região”, conta, denotando o orgulho que sente pelo pioneirismo.
Seu currículo é extenso. Ele foi precursor também em escolinha: em 1984, abriu a da Sociedade Rural de Iporã, onde foi treinador por muitos anos. Paralelamente, competia nas modalidades seis balizas e enduro. Além disso, por seis anos, foi treinador no Centro Paranaense de Arte Equestre, de Curitiba [um dos mais conceituados do Estado na equitação].
“Tenho uns setenta troféus… Já disputei provas em muitos lugares desse meu Paraná”, exclama, defendendo, claro, o esporte como um dos mais interessantes. E a escolinha Reguigá, como um espaço de beleza indescritível. “A proximidade da cidade, aliada à serenidade do campo, transforma esse local em refúgio para quem quer dar uma escapada da rotina e se beneficiar dos prazeres de uma atividade ao ar livre”, arremata.
== Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp 44 9 8845-2891 ou pelo instagram.com/haras_reguiga/.
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