Umuarama

Procon Umuarama alerta para golpe de possíveis valores a receber em site falso do Gov.br

Foto ilustrativa: Danilo Martins/OBemdito
9 de maio de 2024 19h22

Golpistas se multiplicam e a cada dia uma nova modalidade de crime virtual surge no mundo. A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Umuarama informa que, de segunda-feira (6) até quinta-feira (9), ao menos 12 pessoas denunciaram golpes feitos por meio da internet. São dois tipos e ambos têm em comum a criação de um site praticamente idêntico ao site oficial Gov.br, o que leva o internauta a pensar que está um local seguro.

No primeiro caso, os golpistas reproduzem um falso anúncio (com vários erros de português) da Mastercard – com uma foto do jornalista William Bonner (apresentador do Jornal Nacional, da Rede Globo) – com a notícia de que “Bandeiras de cartões tem (sic) a obrigação de indenizar e devolver 100% dos valores em cashbacks” ‘Por Procon’.

O Procon aplicou uma multa milionária e obrigou as bandeiras de cartões a devolver para os clientes 100% dos valores em cashbacks. Para os consumidores de cartão (sic), agora tem (sic) o direito de resgatar até R$ 4.500,00 (sic)”.

O secretário municipal do Procon, Eduardo Henrique Ceranto, comenta que os internautas devem ficar muito atentos e prestarem bastante atenção a esses tipos de notícias falsas. “Além da quantidade de erros e do uso de uma foto do Bonner, é preciso saber que não existem milagres e pensar: por que é que as empresas de cartões ‘devolveriam’ dinheiro a seus clientes com tanta facilidade? Só um pouco mais de atenção e o consumidor já deixaria de cair em golpes”, pontua.

Ceranto comenta que entende que o trabalho dos golpistas é, em muitos casos, muito profissional e capaz de realmente enganar o internauta. “Neste caso do cashback dos cartões de crédito, o cliente é levado a uma segunda página onde há uma mensagem de ‘aguarde um instante, estou verificando se você tem alguma quantia em cashback disponível para saque imediato em seu CPF’. Ao colocar o CPF, o cliente já terá seus dados copiados e as consequências podem ser irreversíveis”, adverte.

Valores a receber

No segundo caso, o golpe é ainda mais profissional: o internauta acredita que pode ter dinheiro para receber do governo federal, por meio de um possível programa chamado BR Valores a Receber. “Neste caso o cidadão entra em um site quase idêntico ao Gov.br, o principal site do governo que centraliza informações diversas do cidadão, inclusive benefícios sociais e programas de distribuição de renda. Tudo é muito plausível e, claro, fácil de enganar o internauta”, comenta.

Foi neste golpe que mais pessoas de Umuarama caíram, segundo o secretário do Procon. “São três fases: na primeira o cidadão é convidado a pesquisar a quantia exata que pode ter para receber do governo, bastando inserir o CPF.

Depois de identificada [pelo número do CPF], a pessoa já é chamada pelo nome e comunicada de que há um valor disponível (nos casos presentes foram de R$ 2.257,22. No terceiro momento, o cidadão é informado que, para receber o dinheiro, tem de pagar uma ‘tarifa transacional’, no valor de R$ 67,90. Acreditando ser real, o cidadão paga querendo acessar os mais de dois mil reais”, relata.

E mais uma vez o secretário alerta para que o internauta preste atenção em alguns detalhes, como o fato de que o site acessado não é seguro (quando não tem um pequeno cadeado na linha superior do endereço digitado). “E na hora de pagar o pix, observe que o endereço é incorreto – está escrito br.gov.bcb.pix. É um indício de que algo está errado, pois o endereço oficial é gov.br e mais nada”, indica.

Na dúvida, diz o secretário, não clique em sites que o cidadão achar que lhes parecem estranhos. “E para qualquer ajuda ou esclarecimento, procure o Procon Umuarama. Há casos que conseguimos reverter, mas infelizmente a maioria dos golpes virtuais são simplesmente impossíveis de serem resolvidos. A legislação brasileira já fez alguns avanços na área dos chamados cybercrimes (crimes cibernéticos), mas ainda há um longo caminho a ser percorrido”, analisa.

(Assessoria PMU)