Vejam que cena maravilhosa: no meio da mata, a banda “esquenta” os convidados tocando clássicos populares, começando com “Peixe Vivo”, uma das mais belas canções mineiras...
Neste momento em que celebramos os 68 anos de fundação de Umuarama que tal parar por um instante para tentar imaginar como foi aquele dia 26 de junho de 1955, data memorável em que aguerridos desbravadores fundaram esta nossa amada Capital da Amizade…
Então, como foi aquele distante 26 de junho? O que realmente aconteceu no decorrer daquelas 24 horas? Não há registros nem mesmo nos órgãos oficiais e nem nos acervos da colonizadora, que há muitos anos fechou seu escritório de administração.
Para preencher essa lacuna histórica, me pus a revirar meu baú de cadernos de anotações, onde estão documentadas as antigas entrevistas-depoimentos de velhos pioneiros que viveram aquela época, autênticas testemunhas oculares de fatos e aventuras memoráveis.
Pronto, depois de tanto garimpar aqui, ali e acolá, acabei reconstituindo um roteiro preciso do primeiro dia da cidade, interessante e ilustrativo, após ser batizada oficialmente de “Umuarama”, pois o processo de sua abertura e construção na verdade começou pelo menos dois anos antes, quando isso tudo ainda era a Gleba Cruzeiro…
Como ponto de partida deste relato – um ‘diário de bordo’ diria -, friso que aquele 26 de junho de 1955 era um domingo. Mas daqueles antigos domingos de inverno, gelado mesmo. Não chegou a gear, mas uma brisa polar fazia até os ossos doer.
Mas nesta crônica quero me direcionar ao aspecto divertido daquele memorável evento, fugindo da agenda oficial de fundação e assinaturas dos pioneiríssimos na Ata de Fundação – esses sim foram os verdadeiros fundadores que abriram a selva para dar início a esta que é hoje uma rica metrópole do interior do Paraná. Teve discursos dos donos da colonizadora e a tradicional missa campal.
De regresso ao tosco aeroporto, a poucos passos, no meio da mata – onde já existiam a Colônia e a Pensão Mineira -, aconteceu uma churrascada confraternizando todos os que participaram das solenidades daquela manhã.
Com tábuas foram feitas mesas e bancos na Serraria Mineira, instalada ali pertinho. O cenário era realmente incrível e inimaginável nos dias atuais: à sombra daquelas frondosas e centenárias árvores da mata, centenas de ‘colonos’, a maioria homens, comeram deliciosas e exóticas carnes de animais selvagens, caçados no dia anterior. Estavam esfomeados, afinal, haviam passado a manhã inteira caminhando e sentindo frio. E ouvindo discursos…
Beberam cachaça em escala industrial. E, pasmem, até dançaram por entre os troncos das árvores, embalados por uma ‘orquestra’ de músicos trazidos de fora pela diretoria da colonizadora.
A maior parte do repertório era de músicas de Minas Gerais, para atender o romântico gosto da maioria dos ‘convidados’. Músicas caipiras, boleros e tangos, hoje quase todas esquecidas, fizeram a alegria dos festeiros naquela tarde histórica.
O ‘baile na floresta’ foi acabar no início da noite, quando o frio congelante voltou, cruel e ainda mais terrível do que na madrugada anterior. O manto negro da noite abraçou aquele lugar. Algumas fogueiras, nas pontas da pista do aeroporto e próximas aos acampamentos, à pensão e à serraria, foram acesas. Para espantar onças e outros bichos noturnos que saíam para vagar e caçar alimentos para o seu sustento.
Um silêncio cavernoso, entrecortado pelos pios de corujas e de um coral de sapos que habitava um brejo nas cercanias. E o céu, com todo o seu esplendor de azul pontilhado de cintilantes estrelas, mandando avisar que a madrugada seria muuuito fria!
Fecharam-se as cortinas do memorável 26 de junho de 1955. Quem dormia, nem sonhava que aquela data seria cantada em verso e prosa pelas gerações sucessoras. Esses desbravadores, sim, fizeram História! Nasceram predestinados a fecundar uma cidade, dotados de um dom e sorte que pouquíssimos mortais têm o privilégio de ter.
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