O assassino confesso Guilherme da Costa Alves, 26 anos - Foto: Danilo Martins/OBemdito
Guilherme da Costa Alves, 26 anos, mentiu para a polícia ao dizer que matou a travesti no bosque Uirapuru porque ela o presenciou enterrando o corpo do médico Renan Tortajada, 35 anos. A versão é de uma amiga de Alexan Carlos de Goes, a Sabrina Medeiros, 44 anos.
A amiga disse ter visto o momento em que Guilherme passou com um Honda Civic chumbo na rua Governador Ney Braga e convidou Sabrina para entrar no veículo.
“Primeiro ele passou por mim, me chamando para sair, mas eu já conhecia ele, porque ele sempre apronta com a gente. Eu tentei avisar ela (Sabrina), cheguei a gritar, mas não deu tempo. Ela não ouviu e foi no carro com ele. Era umas duas horas da madrugada de sábado (18)”, disse a OBemdito, na condição de anonimato.
A também travesti afirmou que iria procurar a Polícia Civil para relatar o fato. “O Guilherme mentiu quando disse que a Sabrina estava sozinha dentro do bosque. Ela nunca ia lá sozinha, ainda mais numa hora daquelas. Foi ele que levou ela lá, depois que já tinha matado o médico. Ela pode ter visto a cena e ameaçado denunciá-lo”.
A travesti relatou também que Guilherme era um cliente antigo. “Tanto eu quanto minhas amigas já fizemos programa com ele. Quando ele chegava até a gente, sempre a pé ou de moto, era uma pessoa. Depois que terminava o programa assumia outra personalidade. Se tornava extremamente agressivo, tentando matar a gente. Eu mesmo quase fui vítima dele com um canivete no meu pescoço. Parecia usar droga pesada. É por isso que ele era queimado no meio”.
A informação obtida por OBemdito é que Alexan, durante o dia, trabalhava como funcionário público em Umuarama e à noite se travestia como Sabrina para obter melhores ganhos financeiros. Era vista como pessoa alegre e companheira. “Ela já morou com a gente e depois foi morar sozinha. Ela dizia para nós que tinha vindo de Londrina”. Alexan andava com certa dificuldade após um acidente automobilístico.
Guilherme da Costa Alves confessou ter matado o Renan Tortajada e Alexan Carlos de Goes após ser preso na avenida Duque de Caixas com o carro do médico. O rapaz já tinha passagens pela polícia por roubo, posse e tráfico de drogas.
À polícia, admitiu ter matado Tortajada com socos e golpes de uma pedra pontiaguda, com cerca de 1 kg, no interior do bosque Uirapuru. Arrastou o corpo por cerca de 30 metros até o muro do estádio Lucio Pipino, onde o enterrou em uma cova que ele mesmo disse ter aberto, sozinho.
Guilherme relatou, com bastante frieza, que tinha uma relação de pouco mais de um ano com o médico e que no encontro da última sexta-feira (17) à noite se desentendeu com a vítima, por causa de R$ 200. Esse é o preço que pode ter custado a vida de um profissional respeitado em seu trabalho.
Tortajada era pediatra e psiquiatra. Atendia, entre outros, no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Toledo e também no município de Guaíra.
Alexan foi morto a pauladas, na versão do assassino confesso. Recolheu o corpo da travesti, colocou-o no porta-malas do Honda Civic e levou-o, semi-nu, para uma área pouco movimentada do município vizinho de Maria Helena, cobrindo o cadáver com galhos de árvore.
O corpo de Alexan foi o primeiro a ser encontrado pela polícia, na noite de sábado. Ao ver a reportagem publicada por OBemdito, sobre o desaparecimento do médico, uma testemunha manteve contato com a polícia e disse ter visto uma pessoa em um Honda Civic lançando algo no matagal.
Guilherme fez mais. Na noite deste sábado, de posse do carro do médico Tortajada, o suposto membro do Comando Vermelho, como informou em depoimento, tentou roubar uma senhora de 69 anos, tentando colocá-la, à força, dentro do veículo. A vítima passeava com dois cachorrinhos na rua de sua casa. A mulher conseguiu se desvencilhar e ficou com ferimentos na boca e nos joelhos.
O corpo de Tortajada será sepultado na tarde desta segunda em Maringá. Não há informações sobre o enterro de Alexan. O cadáver teria sido levado para o IML de outra cidade, possivelmente Campo Mourão, porque o equipamento de Umuarama não está em pleno uso.
Todas as versões e informações dos crimes cometidos por Guilherme Alves recebidas por OBemdito têm sido encaminhadas para a Polícia Civil. O delegado-chefe Gabriel Menezes disse que, diante de crimes de grande repercussão, é natural a variedade de informações.
“Tudo o que foi divulgado até agora foi com base no interrogatório do preso. Isso não significa que essa seja a versão verdadeira. As investigações continuam para apurar se a história contada pelo preso é verdadeira ou se há um outro contexto não narrado por ele, o que é provável que sim”.
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